Em tempos de situação econômica instável, fazer e seguir a previsão orçamentária é fundamental. Tão importante quanto, é analisá-la periodicamente para possíveis correções de rumo. Caso haja modificações, elas devem ser levadas à assembleia para dar conhecimento aos condôminos e buscar nova aprovação, afinal, a previsão inicial foi aprovada na Assembleia Geral Ordinária.
Os cenários previstos no início do ano, podem acabar não ocorrendo por influências de variáveis externas que fogem ao controle. Mudanças nas políticas públicas, alteração no macro cenário econômico, alteração drástica nas demandas de consumo de água e luz são alguns dos exemplos.
Os esforços despendidos em uma análise periódica ajudam a evitar cotas extras no boleto condominial, bem como a utilização de fundos que estariam destinados a outros fins.
Na verdade, a melhor maneira de acompanhar é fazer mensalmente a análise do que foi orçado e o realizado, certificando-se de que não estejam ocorrendo gastos excessivos ou bem abaixo do previsto em cada uma das linhas.
Os pontos críticos são os mesmos que demandam a atenção à época da previsão: energia elétrica, água, folha de pagamento, inadimplência, manutenção preventiva, entre outros. A análise deve levar em conta no que os fatores externos podem impactar a previsão inicial de cada uma dessas linhas.
Confira algumas dicas para estar em dia com a previsão orçamentária do condomínio!
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Fazer uso consciente da energia elétrica: ter o controle do acendimento e desligamento das luzes das áreas comuns, bem como de bombas e de uso de elevadores. A substituição das lâmpadas incandescentes e fluorescentes pelas de led também favorece a economia de energia.
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Controlar o uso de água: fazer acompanhamento da marcação dos hidrômetros para verificar se há algum desvio no consumo usual pode ser uma excelente ação. Alguns condomínios optam por contratar sistemas para aproveitamento da água da chuva, que acaba sendo utilizada em usos não nobres (limpar áreas comuns, usar em descargas de banheiros, molhar plantas etc). A economia de água também acaba gerando uma redução no gasto de energia, pois a bomba de água tem seu funcionamento reduzido.
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Realizar manutenções preventivas: programar as manutenções preventivas de elevadores, pára-raios, câmeras, interfones, fachadas, gás, entre outros, evita gastos maiores no futuro. Prevenir tende a ser mais barato do que ações corretivas.
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Avaliar a escala dos funcionários e horas extras: a maior parte da arrecadação do condomínio é destinado para quitar a folha de pagamento. Conforme dados da Secovi Rio, o valor fica entre 45% a 70% do total arrecadado. Tendo em vista esse dado, otimizar a escala de trabalho evita a necessidade de horas extras. Funcionários bem treinados e satisfeitos desempenham melhor suas tarefas, diminuindo assim a necessidade de substituição de pessoal para atender às necessidades do condomínio. Afinal, demissões não planejadas oneram bastante a folha.
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Controlar a inadimplência e a impontualidade de forma efetiva: conscientizar os moradores e tomar as medidas necessárias, rapidamente, evita que o problema cresça a ponto de comprometer seriamente o orçamento do condomínio. A CIPA verifica que a média da impontualidade têm ficado em torno de 11% e, segundo o Secovi-Rio, a média de inadimplência em 2016 foi de 6%.
Realizar uma gestão precisa e atenta é fundamental para evitar que o condomínio precise de mais recursos do que os previstos para o fechamento das contas.
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