Os espaços compactos têm feito sucesso e o mercado imobiliário está se adaptando a este novo perfil de cliente. O interesse por este tipo de imóvel mostra uma mudança no comportamento do consumidor.

Na capital paulista 6 em cada 10 apartamentos vendidos têm menos de 45 metros quadrados, segundo levantamento do Secovi-SP.

E no interior o comportamento tem sido o mesmo. As pessoas buscam lugares que vão muito além do espaço reduzido, refletindo um novo estilo de vida.

Em Marília (SP), um prédio em construção tem apartamentos de 20, 30 e 40 metros quadrados. Por isso cada centímetro tem que ser bem aproveitado.

Uma sala que é um quarto e em instantes se transforma também em um escritório. Ao lado da sala fica o escritório e a alguns passos a cama. A separação de ambientes não existe mais no conceito de microapartamentos. Os móveis sob medida dão a sensação de um espaço maior.

“Já teve gente que chegou e falou: que vergonha, aqui tem 20 metros quadrados? Minha casa tem 200 e eu poderia viver aqui. Essa versatilidade dos móveis, essas formas de usar espaço pequeno de madeira inteligente é algo que surpreende. Todo mundo vem aqui fica meio espantado ao ver as coisas se movimentando”, destaca André Yoshimoto.

Aposta do mercado

Por isso, os microapartamentos são aposta recentes do mercado imobiliário. O custo mais baixo e a boa localização saem na frente e compensam a falta de outros serviços.

“Os apartamentos hoje diminuíram de tamanho e os espaços de necessidade ficaram de uso público, do condomínio, isso diminui o custo da unidade, de condomínio diminui e a localização é o primordial”, afirma o engenheiro Luis Gustavo Menin.

A localização foi a principal razão pra compra do apartamento do jornalista Leonardo Moreno. Ele e a família vão morar em um local pequeno, mas próximo de tudo que eles gostam.

“A gente privilegiou a localização. O espaço não precisa ser tão grande. Somos eu minha esposa e a cachorra então a gente não precisa de um espaço tão grande. A gente escolheu um lugar confortável e mesmo assim não precisaria ser algo tão grande”, conta.

FONTE: G1