O que saber e fazer para não sofrer com falhas nos equipamentos
Sem tempo para ler? Clique no play abaixo para ouvir esse conteúdo.
Uma das marcas do verão na cidade do Rio de Janeiro é a chuva. Aquela chuva forte, volumosa, de fim de tarde, que chega a encher as ruas e faz com que os edifícios com garagens subterrâneas sofram com alagamentos. A chuva é característica da estação, mas os seus efeitos podem ser amenizados. Para essas e outras situações, existem as bombas de água. Os moradores podem ignorar sua existência, mas os síndicos precisam conhecer os tipos de bomba disponíveis, suas diferentes funções e como cuidar de sua manutenção. As de drenagem, por exemplo, possibilitam a eliminação da água empoçada, que pode até ser armazenada e reutilizada pelo condomínio nos jardins ou em lavagens. Só assim, as águas de verão deixam de ser sinônimo de dor de cabeça e preocupação e voltam a apenas refrescar a cidade na estação mais quente do ano.
A síndica Rebeca Alkmim sabe bem o que é ficar apreensiva com a possibilidade de sofrer com alagamentos. Ela administra o Condomínio Rio Carioca, na zona sul do Rio, com dois blocos de 13 andares, 269 apartamentos e túneis subterrâneos. Dois deles, que ligam os blocos, sempre enchem quando as ruas do entorno alagam. A solução, para quem não tem uma bomba de sucção de água, é organizar os funcionários e recorrer a baldes e rodos. “Mas nós aprendemos a antecipar as falhas. Estamos sempre de olho. Até porque, aqui, é quase um bairro”, diverte-se Rebeca, chamando atenção para o grande número de moradores.
A síndica conta com outros tipos de bomba de água no condomínio, que realizam o abastecimento de caixas-d’água e cisternas. São as chamadas bombas de recalque, responsáveis por levar água limpa aos moradores. “Nesse caso, tenho um contrato com a Nova Saturno. Todo mês, eles vêm, dão uma olhada, fazem uma vistoria e se certificam de que está tudo bem. Temos de ter manutenção periódica. Não há como fugir disso”, ensina. Além dessas há a bomba de incêndio, que cuida da pressurização da tubulação dos hidrantes, necessita ser ligada esporadicamente, sofre manutenção anual e precisa estar de acordo com as instruções técnicas do Corpo de Bombeiros.
Nelson Maia, síndico do Residence Paradiso, zona sul, que tem 15 andares e 102 apartamentos, também concorda que, quando o assunto são bombas de água, prevenir é melhor do que remediar. Se elas deixam de funcionar, as consequências são apartamentos sem água, garagens alagadas e falta de socorro em um dos imprevistos mais dramáticos que um edifício pode ter: um incêndio. Chuva de reclamações e inúmeros dramas vivenciados pelos condôminos seriam as consequências certas em todos esses casos.
No Paradiso há duas bombas de água para a alimentação das caixas-d’água, duas para drenar a água acumulada no subsolo e uma bomba pressurizadora contra incêndios. “Tivemos uma única vez, nos 21 anos que moro aqui, um problema de enchente na garagem do subsolo. Não chegou a danificar nada. Houve apenas o acúmulo de água. Resolvemos o problema com o pessoal de manutenção predial e a ajuda de uma bomba”, conta.
Nelson acredita que a falta de más lembranças sobre o tema se deve à prevenção. Planejamento é a palavra que guia sua administração e, no quesito bombas de água, não é diferente. “Aqui no condomínio temos, há alguns anos, um contrato de manutenção com uma empresa. Eles prestam excelente serviço em manutenção preventiva, que é muito mais barata do que a corretiva”, defende. É papel da empresa também sugerir, com análises técnicas, qualquer modificação no sistema de bombas, guiando, dessa forma, os clientes para melhores decisões. Empresas e clientes precisam, nesse caso, construir uma relação de confiança.
Allyne Duque, responsável pelo Departamento Comercial da empresa Nova Saturno, de manutenção predial, explica que cada condomínio tem demandas específicas de equipamentos. Edifícios com garagens subterrâneas, piscinas e spas, por exemplo, têm demandas diferentes de outros que não contam com esses espaços. Os tipos de bomba mais comuns, essenciais para o bom funcionamento de um condomínio, são as responsáveis pelo abastecimento das unidades, que retiram a água da cisterna e enviam para as caixas superiores. Só quando esse tipo de equipamento apresenta defeito os moradores costumam tomar conhecimento de sua existência. “Outro equipamento indispensável nos edifícios são as eletrobombas de incêndio, responsáveis pelo aumento de volume na coluna de hidrante de incêndio, caso ocorra algum sinistro”, ensina.
As demais bombas atendem a características específicas. Os condomínios maiores, que contam com piscinas ou ambientes de spas, precisam adquirir eletrobombas de filtragem. Em algumas coberturas ou em prédios com andares muito elevados, quando o peso da água é reduzido em razão da proximidade dos reservatórios, é necessária uma eletrobomba de pressurização.
Há, ainda, os prédios com garagens subterrâneas, nos quais é necessário o uso de equipamento para drenagem. Nesses casos, é essencial contar com rapidez para acabar com alagamentos. Os possíveis danos causados aos veículos estacionados na área não é a única preocupação. “Em determinados casos, o quadro de energia de todo o prédio se encontra no subsolo do condomínio, o que pode se tornar um problema ainda maior em caso de enchentes”, esclarece Allyne.
Além de entender as necessidades de seu edifício e os tipos de bomba disponíveis, é preciso também saber escolher entre as opções do mercado que, atualmente, conta com mais variedade, como as mais silenciosas e com menor gasto de energia. Além disso, é preciso entender o momento correto de fazer trocas e alterações. A vida útil de uma bomba pode chegar a 20 anos, mas vários fatores precisam ser levados em conta para que ela permaneça atendendo às demandas exigidas pelo condomínio durante todo esse período. Nesse caso, a solução mais simples é solicitar uma visita técnica para análise, definindo as bombas que melhor se encaixam às necessidades. “Cada condomínio possui um tipo de adequação quanto aos diferentes equipamentos para drenagem, que podem se dividir, por exemplo, em drenagem com e sem passagem de sólidos e diferentes potências”, explica Allyne.
Buscar informação qualificada e colocar em prática um sistema de manutenção é a melhor maneira de conseguir bom desempenho das bombas de água e mais garantias na prevenção de problemas. Além da ajuda profissional, os próprios funcionários do prédio podem ficar atentos a alterações, como a presença de ruídos estranhos durante o funcionamento do equipamento, que podem, por exemplo, indicar a existência de vazamentos.
Agora, se os moradores de seu condomínio nem sabem que há bombas de água no prédio, é um bom sinal. Resultado de um eficiente processo de administração e planejamento.
Serviço:
Nova Saturno Manutenção Predial
(21) 2245-4208/97342-7185
novasaturno.com.br
deixe seu comentário
posts relacionados
Novo modelo de coleta domiciliar de lixo do Rio de Janeiro
Por volta de meus 10 anos, enquanto estudava no saudoso Colégio Princesa Isabel, ouvi algo de uma professora que me marcou para o resto da vida. Certo dia, durante... Saiba mais!
Tá calor?
Nada melhor do que aproveitar a piscina do condomínio Pelo que tudo indica, o verão de 2025 vai ferver de calor na maior parte do Brasil. A previsão é do... Saiba mais!
Contas de água em condomínios podem aumentar até 400% com nova regra do STJ
Os condomínios que ainda utilizam um único hidrômetro para medir o consumo de água podem enfrentar aumentos significativos nas contas, com especialistas apontando que os reajustes podem chegar a... Saiba mais!
Acidentes acendem alerta para manutenção de elevadores
Equipamento é o transporte mais seguro do mundo, mas essa tranquilidade também depende do respeito às regras de uso Um levantamento feito em 2021 pela revista norte-americana Condé Nast... Saiba mais!