Uma pesquisa do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi Rio) revela que enquanto o preço do aluguel residencial recua — o índice FipeZap mais recente revela queda de 5,74% em 12 meses — o valor do condomínio está em curva ascendente — as variações de janeiro a junho chegam a 4,5%, segundo o Secovi. Hoje, o valor dispensado com cota condominial representa até 26% do gasto mínimo com moradia, que inclui aluguel, condomínio, água, luz, gás e TV a cabo.
Os dados do Secovi mostram ainda que a taxa de condomínio equivale de 30% a 50%, em média, do valor pago por aluguel. No Méier, por exemplo, se o aluguel é de R$ 1.165, o gasto com condomínio chega a R$ 569,25 — 48,84%.
De acordo com as imobiliárias, o que vem puxando para cima o condomínio são os reajustes de despesas com funcionários que têm peso de 30% a 50% na conta total do condomínio.
Se os valores estão ladeira acima, os índices de atraso ou de inadimplência também: em torno de 10%, em 2018. Há três anos, esse percentual variava entre 5% e 6%. Em relação aos valores da dívida, a taxa aumentou 45% entre 2015 e 2017.
De olho no aumento da inadimplência, começaram a surgir no mercado empresas especializadas em cobrança de condôminos endividados. De acordo com o especialista em compra de inadimplência em condomínios da Creditcon, Hadan Palasthy, as dívidas em taxas condominiais sempre foram comuns e os números devem aumentar, devido a diversos fatores econômicos adversos, como crise, falta de emprego e incertezas políticas.
— Quando um condômino não cumpre com a taxa condominial, todos os outros moradores podem ser afetados e prejudicados — ressalta Palasthy.
Ações Judiciais
Os números de ações judiciais por falta de pagamento de condomínio têm aumentado na capital carioca. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), houve um crescimento de 3,59% no primeiro semestre deste ano. Com um registro de 7.170 ações de inadimplências condominiais, a cidade fechou o primeiro semestre com 249 processos a mais que o mesmo período de 2017.
De Graça
Para tentar impulsionar as vendas, algumas construtoras estão bancando um ano de condomínio grátis para quem quiser trocar o aluguel pela casa própria.
Fonte: Extra
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Sopro de esperança
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