Câmeras permitem criar espaços seguros, monitorados 24 horas, todos os dias
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Quinta-feira, 9 de maio de 2022, um crime bárbaro chocou os moradores do Rio de Janeiro. Duas mulheres, sendo uma idosa de 77 anos, foram assassinadas dentro de um apartamento no Flamengo, na zona sul da cidade. Câmeras de segurança instaladas dentro e fora do prédio permitiram que a Polícia Civil do estado chegasse rapidamente aos assassinos. Em maio, os policiais também conseguiram prender dois homens, no Leblon, acusados de fazer parte de uma quadrilha que invade e furta residências na zona sul da cidade. A investigação chegou até os suspeitos por meio de imagens de câmeras de segurança. Só nos quatro primeiros meses de 2022 foram registrados, no estado do Rio de Janeiro, quase 250 roubos a residência, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Foram mais de 3 mil roubos a pedestres só no mês de abril. Isso faz parte das informações oficiais. Mas o número pode ser ainda maior, visto que muitas pessoas não registram queixa nas delegacias.
Os dados alarmantes e a ausência de uma política de segurança eficiente para o Estado fazem com que muitas pessoas procurem os sistemas privados de segurança para se sentirem mais protegidas.
Alex Alexandrino é síndico profissional e administra condomínios residenciais na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade. Tem equipamentos de segurança em todos eles. Nos imóveis que não possuíam quando ele assumiu o cargo, ele instalou. Alex atende condomínios que têm mais 500 unidades e ampla área de lazer. “Não tem como ficar sem monitoramento. Acredito que só de saber que há câmeras no local alguns delitos são coibidos; assim, os criminosos receiam fazer qualquer coisa. Quando vê que tem imagens, adequação de câmeras, a pessoa pensa duas vezes antes de pular uma grade, por exemplo.”
Mas o uso de equipamentos de segurança agora não está mais restrito ao ambiente interno. As câmeras estão avançando para fora dos condomínios, e vários síndicos estão optando por unir o monitoramento da parte de dentro com o da parte de fora, por meio de equipamentos que gravam imagens das ruas que ficam em volta do imóvel.
Otávio Costa Miranda é cofundador da Gabriel. A empresa desenvolveu um moderno sistema de câmeras que são colocadas nos muros dos imóveis, nos postes e nas paredes, chamadas de Camaleão. Essas câmeras estão instaladas na Avenida Rui Barbosa, no Flamengo, onde aconteceu o assassinato das idosas, e foram usadas na investigação do crime.
“Ao instalar a câmera Camaleão em sua fachada, o condomínio passa a integrar uma infraestrutura de câmeras inteligentes e de alta resolução capaz de fornecer uma visão completa da região. Isso significa que, se um crime for cometido na frente do prédio, nossa Central de Inteligência 24 horas analisa as imagens de todos os Camaleões instalados na área para compreender a dinâmica criminal, do início ao fim, por diversos ângulos. É essa conexão entre nossos dispositivos que possibilita identificar as rotas de fuga e a participação de indivíduos envolvidos nas abordagens e nas ocorrências. Se, por exemplo, o veículo que deu suporte a um assaltante ficou parado numa rua detrás, nosso sistema consegue descobrir. São essas informações que dão rapidez e eficiência à atuação da polícia. Assim, quanto mais condomínios estiverem dentro da infraestrutura, melhor o resultado para todos”, explica o cofundador da Gabriel.
A empresa começou a atuar em 2021 na zona sul da cidade. O retorno positivo foi imediato não só dos clientes, mas da própria Polícia Civil, que começou a ter o sistema como um aliado nas investigações e soluções de crimes. “O Camaleão é nosso par de câmeras inteligentes que nos permite encarar e entender as ruas. Ele grava imagens em alta resolução e aplica visão computacional para extrair dados concretos sobre os espaços públicos. Afinal, lá é onde nasce a maior parte dos problemas que queremos resolver. O Camaleão é capaz, por exemplo, de ler placas de carros que estão circulando pela região e, em instantes, verificar se há algum veículo com queixa de roubo. Isso demonstra como, na prática, conseguimos gerar inteligência para orientar a gestão de segurança. Com um conjunto de Camaleões, conseguimos criar espaços seguros onde quer que as pessoas estejam.”
E as imagens ficam disponíveis para os moradores, por meio do aplicativo da empresa, em tempo real, além do acesso ao histórico de imagens por sete dias. No bairro do Recreio dos Bandeirantes, por exemplo, muitas pessoas estavam sendo roubadas quando passavam pelas calçadas. A polícia pediu as imagens das câmeras Camaleão e foi possível identificar o bandido que agia na área e ele foi preso. “A Gabriel já contribuiu com 600 investigações policiais que conseguiram, inclusive, inocentar quatro pessoas e prender cerca de outras 60”, relata Otávio. As câmeras também auxiliam em questões mais cotidianas, como identificar motoristas que batem em carros estacionados ou até mesmo em acidentes de trânsito.
Aliada a esses dispositivos externos, a segurança interna também faz toda a diferença. A empresa Ser-tel está no mercado há mais de 50 anos e tem projetos personalizados, que atendem ao cliente desde a implantação até a manutenção de seus equipamentos. Para Daise Mury, CEO da empresa, além da tecnologia, é importante contar com técnicos experientes e qualificados. “Um de nossos clientes teve a experiência de uma invasão dentro do condomínio cujas imagens foram registradas pelo circuito fechado de TV (CFTV) e o controle de acesso, o que permitiu a intervenção imediata da polícia, que pôde fazer seu trabalho. O síndico ficou encantado com a pronta resposta e a solução de algo que estava tirando seu sono.”
Para a CEO da Ser-tel, quanto mais câmeras para fazer o monitoramento, melhor. Ela acredita que essa parceria entre imagens gravadas interna e externamente é bastante interessante. “É importante verificarmos os pontos de risco do local para que possam ser monitorados de acordo com suas fragilidades, evitando-se os famigerados pontos cegos. Existem tecnologias utilizadas com características analíticas, as quais são programadas para identificar mudanças no ambiente original. Com isso, identificamos o exato momento do roubo ou furto com maior rapidez e eficiência.”
Nesse sentido, uma empresa agrega informações para a outra. Quanto mais equipamentos de segurança houver dentro dos condomínios e nas ruas, mais as regiões vão estar monitoradas. E se, mesmo sabendo disso, o criminoso quiser arriscar, mais fácil serão a identificação e a prisão dele.
Alex Alexandrino trabalha há 20 anos como síndico e nunca passou por uma situação de crime nos condomínios que administra. Para manter esse padrão, ele está sempre atento às novas tecnologias. “Os equipamentos tiveram uma modernização do sistema muito grande, mas, para mim, a entrada do condomínio continua sendo o ponto mais importante, principalmente depois da pandemia, momento em que aumentou muito a entrada de pessoas estranhas nos imóveis, como entregadores e prestadores de serviço.”
E a preocupação dele é legítima. De acordo com um levantamento do jornal O Globo, do fim de 2021 a maio de 2022, entre registros em delegacias e casos publicados pela mídia, pelo menos 28 episódios de assaltantes que se passaram por entregadores foram registrados no Rio de Janeiro. O número real, no entanto, pode ser bem maior. De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), em abril de 2022, houve um aumento de 11,6% dos casos de roubo de celular na cidade, em comparação com os registros do mesmo mês do ano passado.
Para tentar evitar que isso aconteça nos condomínios que administra, Alex tem todo o cuidado com a entrada de estranhos. “São feitos triagem, identificação de crachá dos prestadores de serviço, registro com fotografia, contato com o porteiro e com a segurança armada. Só depois dessa etapa é que o porteiro interfona para o morador e libera a entrada da pessoa, que é monitorada o tempo todo dentro do condomínio. Temos câmeras bem distribuídas na portaria, nos elevadores e no corredor de todos os andares. E uma equipe de vigilantes baseada que checa tudo o que acontece pelas câmeras.” Além desse sistema, Alex também conta, em alguns condomínios, com o aporte de homens que fazem segurança privada. Para o síndico profissional, essa união de esforços contribui para evitar delitos.
Patrick Polisuk, CEO do Grupo Tel Aviv, concorda com essa avaliação. Ele acredita que “a segurança privada é o primeiro elo entre a ocorrência dentro do condomínio e as forças de segurança pública. Além disso, o vigilante tem o poder de imobilizar e dar voz de prisão em situações de flagrante delito, legítima defesa ou defesa de outro cidadão na área interna do condomínio até a chegada dos órgãos competentes”.
Além de ajudarem na segurança, esses sistemas também coíbem problemas internos, como brigas por causa de acidentes na garagem, furtos nas áreas comuns e discussões entre condôminos. Na hora de instalar esses equipamentos ou melhorar a qualidade dos antigos, os condomínios precisam pensar na necessidade que têm e analisar a funcionalidade de cada um. “Quantos dias o HD grava, se o morador vai ter acesso às câmeras por aplicativo no celular, o número de câmeras, os locais onde serão instaladas etc. O que sempre oriento é que, para tanto, o síndico procure uma empresa especializada, monte um mapa dentro do condomínio e, de preferência, contrate um fornecedor que faça a manutenção e a atualização dos sistemas”, afirma Alex.
É fundamental também que as empresas tenham funcionários bem treinados, sobretudo no caso de vigilantes armados. Eles precisam ter curso atualizado de formação, bem como as devidas reciclagens. Patrick, CEO do Grupo Tel Aviv, ainda acrescenta que o síndico deve “checar e exigir a documentação legal da parceira que vai contratar. Sem o alvará e o certificado de segurança emitido anualmente pela Polícia Federal, a empresa não tem aptidão para prestar serviço de segurança privada dentro das áreas do condomínio”.
“A responsabilidade civil e criminal de um síndico não pode ficar nas mãos de curiosos ou de profissionais sem a devida preparação: são necessários capacitação, profissionalismo e estrutura para atender às demandas sempre que necessário. O síndico tem de observar esses requisitos com muito cuidado para ter as merecidas tranquilidade e segurança durante sua gestão condominial sem onerar o orçamento”, afirma a CEO da Ser-tel.
Os sistemas de segurança usados com responsabilidade deixam os moradores mais tranquilos. Por isso mesmo, a Cipa tem parceria com várias empresas, como a Tel Aviv, a Ser-Tel e a Gabriel.
Para os síndicos que têm curiosidade de conhecer o Camaleão da Gabriel, a empresa oferece um período de degustação. Isso porque o cofundador da Gabriel acredita que “cada Camaleão se comporta como um produto de segurança complementar às outras soluções já consumidas pelo prédio. Por focar no que acontece fora dos condomínios, conseguimos identificar problemas de segurança que afetam a vida de bairros e até de cidades inteiras”.
Serviço:
Gabriel
0800 422-7435
www.gabriel.com.br
Grupo Tel Aviv
(21) 3199-0300/97279-4395
https://telaviv.com.br/
Ser-tel
(21) 2102-4000
https://ser-tel.com.br/
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