Durante a pandemia bandidos têm se aproveitado desse período para “reciclar” um golpe antigo: eles se fingem de entregadores e assaltam apartamentos ou roubam itens soltos pelo condomínio, como bicicletas e patinetes.
Em muitos casos, o criminoso rende o entregador e se passa por ele. Em outros, se utiliza da facilidade em se cadastrar para exercer entregas e aplicar o golpe. Mas com um sistema de controle de acesso eficiente, equipamentos de segurança instalados, funcionários bem treinados e a colaboração dos moradores isso pode ser evitado.
Eduardo Furtado, sócio-diretor da Rentel, empresa especializada em segurança digital, interfonia e automação de portarias, explica que “As câmeras inibem as ações de assaltantes. Há algum tempo, detectamos o aumento na procura de equipamentos de acesso rápido. Uma boa opção é a instalação de um controle de acesso interno automatizado, que é composto por tags de acesso, biometria e leitura facial, e as câmeras. A principal dica para esse período é solicitar que os moradores desçam para pegar o pedido na portaria. Se não for possível que haja controle de identificação do entregador, com foto do documento de identidade para ser anexado ao sistema de controle de acesso. Isso evita que o falso entregador avalie a estrutura e a segurança do condomínio e dificulta o acesso de pessoas mal-intencionadas. Outro conselho importante é que o síndico não deve confundir os porteiros com o profissional que monitora a segurança, pois são atividades distintas com obrigações específicas. Os monitores de segurança são especializados em verificar o que acontece no prédio e identificar atitudes suspeitas”, explica.
A síndica Maria Auxiliadora, que está à frente do Condomínio do Edifício Bandeirante Capitão Domingos Rodrigues, localizado na zona norte da cidade, composto por dois blocos, 144 unidades e cerca de 500 moradores, conta que já tinha um rígido controle de acesso ao condomínio e que o intensificou: “Além da ampliação do número de entregas, percebemos que antigamente, os moradores recebiam pedidos até 1 hora da manhã, mais ou menos; hoje, os pedidos chegam a passar das 3 horas da madrugada. O que me incomoda é que os comerciantes não se preocupam em saber quem são os entregadores. Também seria importante que eles estivessem uniformizados, mas isso quase nunca acontece. Para aumentar a segurança, mandei fechar o portão de pedestres – que é muito estreito e poderia causar pequenas aglomerações com entregadores aguardando a liberação e moradores querendo entrar e sair; agora, todos passam pelo portão da garagem, que é mais largo e evita tumulto. Também reativei uma ficha de controle de acesso ao condomínio, então, quando recebemos visitas de prestadores de serviço, os porteiros são avisados e o prestador tem que apresentar sua identidade, deixar o número do RG, nome completo, nome da empresa, telefone, a hora que chegou e a hora de saída. Os entregadores e prestadores de serviço para os moradores também preenchem esse formulário e, além de todos os dados citados acima, colocamos o número do apartamento para onde ele vai e o nome do estabelecimento para o qual trabalha. Tudo isso só acontece depois da confirmação do morador pelo interfone. Aqui os entregadores podem entregar na porta do apartamento – temos muitos idosos e não podemos barrar isso.”.
Mais segurança e tecnologia
Maria Auxiliadora conta que tem planos para tornar a segurança do condomínio ainda mais eficiente. “Atualmente, tenho 32 câmeras que monitoram e gravam imagens por determinado tempo. Pretendo realizar a automação dos portões, para controlar o acesso dos carros por meio da identificação das placas e de fotos dos moradores. Também quero atualizar o acesso de pessoas pela portaria, com controle de imagem e voz do morador, além das tags de acesso, que contêm as informações de cada condômino”, conta.
Aline Marino, que é diretora comercial da ABC Telecom, empresa especializada em todos os tipos de sistema de segurança eletrônica, conta que notou um aumento no pedido de orçamentos de segurança neste período de pandemia. “A maioria dos orçamentos foi para prédios residenciais, pois como muitos deles tiveram que reduzir o quadro de funcionários, estão investindo em sistemas de segurança para suprir essa defasagem. Os serviços mais procurados são de instalação de sistemas de CFTV com acesso remoto pelo celular, controle de acesso de veículos com tag e controle de acesso de pedestre com biometria, cartão de proximidade ou senha”, explica. Além dessas opções, Aline conta que existem soluções e sistemas integrados de segurança eletrônica que podem complementar a proteção dos condomínios, como a automação de portas e cancelas com abertura por controle remoto ou controle de acesso; sistema de comunicação com abertura de porta por senha ou chaveiro de acesso; sistema de alarme; controle de acesso; monitoramento 24 horas; reconhecimento facial e biométrico; liberação de acesso de visitantes ou entregadores por QRCode e portaria remota.
Ainda segundo Aline, algumas dicas podem fazer com que o síndico tenha mais segurança no condomínio. “Primeiramente, procure profissionais qualificados e capacitados para assessorar, indicar e sugerir os melhores sistemas ou os mais adequados. Depois, escolha uma empresa qualificada para instalar e manter os sistemas de segurança funcionando. Para isso, contrate empresas que trabalhem com contratos de manutenção mensais para prevenção e correção de possíveis defeitos ou problemas nos sistemas instalados e modernização e adequação, quando necessário. Uma empresa qualificada deve manter os sistemas ativos 24 horas por dia, com conservação periódica preventiva e corretiva, e ainda deve sugerir modernização ou instalação de outros sistemas quando for detectada alguma falha na segurança do local. A manutenção preventiva deve ser realizada pelo menos uma vez ao mês, dependendo do porte do condomínio ou da quantidade de equipamento instalado. Já a manutenção corretiva pode ser agendada semanalmente, quinzenalmente ou até ser realizada sem agendamento predefinido. Saliento ainda que existe a opção do contrato de locação, por meio do qual, inicialmente, o cliente só arca com o valor da instalação e, em alguns casos, com o custo dos cabos e paga, mensalmente, uma quantia relativamente baixa pelo aluguel. O período desses contratos varia normalmente entre 24 e 36 meses, e o cliente ainda tem a opção de fazer um upgrade caso o sistema instalado fique obsoleto ou descontinuado durante esse período. Ao fim do contrato, caso não tenha a intenção de renová-lo, o síndico pode comprar o sistema com um desconto de até 70% do valor real dos equipamentos”, finaliza.
Serviço
ABC Telecom
Tel.: (21) 3342-6000
www.abctelecomrio.com
Rentel
Tel.: (21) 2547-2728
www.rentel.com.br
deixe seu comentário
posts relacionados
Novo modelo de coleta domiciliar de lixo do Rio de Janeiro
Por volta de meus 10 anos, enquanto estudava no saudoso Colégio Princesa Isabel, ouvi algo de uma professora que me marcou para o resto da vida. Certo dia, durante... Saiba mais!
Tá calor?
Nada melhor do que aproveitar a piscina do condomínio Pelo que tudo indica, o verão de 2025 vai ferver de calor na maior parte do Brasil. A previsão é do... Saiba mais!
Contas de água em condomínios podem aumentar até 400% com nova regra do STJ
Os condomínios que ainda utilizam um único hidrômetro para medir o consumo de água podem enfrentar aumentos significativos nas contas, com especialistas apontando que os reajustes podem chegar a... Saiba mais!
Acidentes acendem alerta para manutenção de elevadores
Equipamento é o transporte mais seguro do mundo, mas essa tranquilidade também depende do respeito às regras de uso Um levantamento feito em 2021 pela revista norte-americana Condé Nast... Saiba mais!