O “novo normal” imposto pela pandemia tem exigido dos síndicos muita paciência, jogo de cintura para lidar com a inadimplência e para mediar conflitos e ainda mais organização das contas. Isto porque com mais moradores em casa e agora nas áreas comuns liberadas, o consumo de água e de luz, por exemplo, disparou. De acordo com a administradora Cipa, o aumento é de quase 100%. Bruno Gouvêa, representante da empresa, lembra que o equilíbrio orçamentário dos condomínios enfrentou outros desafios nos últimos meses, como o aumento da inadimplência, sinal do agravamento da crise econômica. Mas destaca que muitos síndicos se anteciparam em buscar soluções para problemas que estavam por vir. “No início da pandemia, os condomínios parceiros da Cipa adotaram atuação preventiva de combate ao coronavírus, seguindo as orientações das autoridades sanitárias. O fechamento dos espaços comuns teve como consequência a redução em alguns contratos, como o de academias de ginástica, o que acabou refletindo na redução do consumo de água e energia”, diz Gouvêa.
No entanto, com o aumento dessas despesas, ele aconselha o uso da verba economizada durante a pandemia para amortizar os gastos extras. “Essa sobra de recursos pode ser usada para minimizar o impacto do aumento dos gastos dos condomínios e da inadimplência. Quem se reorganizou no início da pandemia tem como cobrir o impacto de agora, mas precisa começar a planejar o próximo período”, orienta o representante.
A síndica profissional Marília Moreira tem acompanhado com “lupa” as despesas dos condomínios que administra. “As contas de luz e de água são, em especial, itens que têm disparado com a permanência de muitas pessoas em casa. O home office que, para algumas empresas será permanente, levanta ainda outras questões, pois as empresas estarão, de certa forma, se livrando de despesas como aluguel, IPTU, água e luz. E ainda que venham a dar alguma compensação financeira aos empregados que aderirem ao novo modo empresarial, não compensarão as despesas que serão transferidas para os condomínios residenciais. Por isso, é importante ter um bom planejamento orçamentário”, comenta Marília.
FONTE: JORNAL ODIA
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