Cresce a procura por condomínios equipados com carregador de veículos elétricos
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Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Elétricos, a Anfavea, até 2035, 62% da frota de veículos no Brasil poderá ser de automóveis elétricos. Esse mercado é promissor, e mais de 100 mil eletrificados leves já circulam no país.
As vendas por aqui, nos sete primeiros meses de 2022, já somaram mais de 23 mil veículos, 31% a mais do que no mesmo período de 2021. No mundo, são 16 milhões de automóveis e comerciais leves elétricos circulando, além de 600 mil ônibus do tipo, segundo informações da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). A opção por transporte limpo, de propulsão elétrica, é um caminho sem volta, em substituição ao motor a combustão, altamente poluente.
Diante desse quadro, a procura por casas e condomínios com equipamento para recarregar veículos elétricos, não somente carros, mas também bicicletas, motos e patinetes, está cada vez maior.
Segundo Fernando Bacellar, da Empório Bacellar, sediada no Rio de Janeiro e que é representante da Incharge – a primeira empresa a desenvolver e fabricar carregadores de veículos elétricos no país –, o Rio é um mercado promissor, e muitos condomínios já estão se equipando de acordo com o contexto da eletromobilidade.
A fábrica da Incharge fica em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, e trabalha com soluções inovadoras para ajudar a desenvolver o mercado de mobilidade elétrica no Brasil. Ao disponibilizar infraestrutura adequada para carregamento de veículos, a Incharge torna a mobilidade elétrica simples, fácil e acessível, trazendo o futuro para os dias de hoje.
São Paulo saiu na frente e já tem até uma lei específica. Quem explica é Reinaldo Andrade, da Incharge: “A lei orgânica do município de São Paulo (Lei nº 17.336 de 31/3/2020) dispõe que os novos empreendimentos da rede privada já têm que ter a infraestrutura para os carregadores. Algumas incorporadoras já entregam a construção até com os carregadores instalados. Sem dúvida, um grande diferencial.”
Andrade explica que os prédios já construídos que queiram disponibilizar os carregadores elétricos precisam fazer uma adequação em sua infraestrutura. “Não dá para fazer de improviso. Para instalar os carregadores de forma segura, é preciso preparar o prédio para evitar sobrecarga, curto-circuito e incêndio. O improviso não vale a pena.”
Bacellar comenta que, normalmente, tudo começa com um morador que comprou um carro elétrico ou mesmo híbrido (que pode ser abastecido tanto com gasolina como com eletricidade) e que pede para o condomínio instalar um eletroponto. “A tendência é aumentar a necessidade, porque a eletromobilidade é um caminho sem volta”, avalia.
Segundo a experiência da Incharge, em geral, os condomínios aprovam a adequação de forma muito rápida: “Em três ou quatro assembleias, no máximo, resolve-se a instalação, que é feita depois de uma vistoria técnica e a elaboração do projeto de um engenheiro eletricista ou mesmo um técnico eletricista registrado no Crea que tenha empresa e que emita uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Podemos fazer uma instalação faseada para atender a uma demanda imediata e aumentá-la de acordo com a necessidade. Mas mesmo para um eletroponto, é necessário adequar”, ressalta o especialista.
O diretor da Empório Bacellar ressalta que “a valorização do patrimônio é notório”, por isso o investimento tem sido feito pelos condomínios. “As pessoas estão começando a comprar carros elétricos, então quem pensa na frente já está valorizando o patrimônio, preparando o condomínio para um futuro muito próximo que, na verdade, já chegou em alguns condomínios.”
Prédios de alto padrão que estão sendo construídos já têm, no mínimo, a infraestrutura para a instalação dos carregadores. “Nestes normalmente é oferecido um carregador por vaga de apartamento. Tudo depende do padrão do prédio”, ressalta Andrade.
Quanto ao pagamento da energia utilizada, é simples: já há tecnologia de ponta que permite controlar o acesso e identificar o morador que recarrega o veículo. E isso possibilita que o custo da recarga seja destinado de imediato ao apartamento que usou o equipamento.
A realidade é que os carros elétricos não são moda. Eles vieram para ficar, estão cada dia mais eficientes e a tendência é que sejam cada vez mais acessíveis também. Prova disso é que, na Europa, na China e, mais recentemente, nos Estados Unidos, estão sendo implantadas medidas públicas com mais incentivos para o segmento. Em São Paulo, o governo do estado já decretou a diminuição da alíquota do ICMS para o desenvolvimento do segmento desde janeiro de 2022.
Muito bom do ponto de vista sustentável, não é mesmo? A questão é que vamos precisar ter carregadores elétricos nos condomínios para não sermos pegos de surpresa por um aumento do número de moradores que precisam de um carregador na garagem. Para isso, é preciso planejamento por parte dos administradores de condomínios que ainda não estão preparados para receber pontos de carregamento.
Serviço
Empório Bacellar
(21) 3872-0748/97452-9513 (zap)
Incharge.eco.br
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