Manutenção, modernização e renovação devem ser observadas de perto
Entrar e sair de um elevador é algo tão corriqueiro que nem nos damos conta de sua existência quando tudo está funcionando perfeitamente bem. Mas quando o elevador apresenta problemas, todo mundo reclama.
Para evitar transtornos, é importante que o síndico tenha em mente que é extremamente necessário ter uma empresa séria e devidamente habilitada para fazer a manutenção mensal de seus equipamentos. Isso é algo que vai muito além do conforto dos usuários. É uma questão de segurança.
É necessário que os síndicos estejam atentos para a necessidade de atualizar os sistemas de elevadores. Especialmente aqueles com mais de 30 anos de vida. Hoje em dia, há tecnologia moderna e eficiente para garantir a segurança dos usuários. Sistemas obsoletos representam perigo!
A síndica Clarisse Motta está à frente do Condomínio do Edifício Barbacena, localizado na zona sul do Rio, que é composto por 96 unidades e tem cerca de 300 moradores. Para ela, os elevadores têm que estar funcionando perfeitamente: “Toda semana, a empresa contratada está aqui fazendo manutenção. Toda semana os freios são revisados, por exemplo. Todo ano emitem o Relatório de Inspeção Anual dos Elevadores (RIA).”.
O RIA é um documento que deve ser feito anualmente e é elaborado e emitido pela empresa de manutenção. O laudo funciona como um “atestado de saúde” de elevadores e deve conter o estado do elevador. O documento deve ser elaborado por um engenheiro responsável pelo equipamento e que tenha cadastro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).
Como o prédio tem mais de 30 anos, a síndica não dormiu no ponto: “Os motores dos seis elevadores são novos, bem como as casas de máquinas, as polias, os cabos de segurança e elétricos. Estamos com a conservação bem eficiente. Exijo tudo novo, até porque pagamos muito bem por isso”, avalia ela, lembrando que o Barbacena conta com um sistema de segurança real no caso de excesso de peso dentro das cabinas: “O elevador para e a empresa chega aqui em 10 ou 15 minutos.”.
Segundo a síndica, o embelezamento e a digitalização dos elevadores não foram esquecidos. “Tivemos obras necessárias e prioritárias para fazer antes dessa etapa. O importante é que estão seguros.” Clarisse também não descuida da higiene do poço dos elevadores. “Eles são constantemente dedetizados e limpos”, conclui.
Tecnologia
Fabio Aranha, sócio da Infolev e engenheiro pela Poli-USP, ex-presidente do Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo e atual presidente da Associação de Elevadores do Mercosul (AEM) e palestrante do Fórum Mundial de Elevadores na Interlift, ressalta: “É impressionante toda a tecnologia que temos num elevador, tanto para o funcionamento como para a segurança. E a cada ano temos mais inovações significativas. Mesmo uma máquina secular vai sofrendo grandes transformações.”. O engenheiro pontua que o elevador é a única máquina de transporte de pessoas autônoma (não tem operador, motorista, maquinista etc.; é apenas um robô). “Por essa razão, o elevador precisa ser cuidado de maneira impecável e deve sempre estar em perfeitas condições.”
O engenheiro explica que, no Rio de Janeiro, muitos elevadores foram instalados na década de 1960 quando a cidade ainda era a capital do Brasil; em São Paulo, muitos foram inaugurados nos anos 1970, no “milagre econômico” brasileiro. “Há uma grande necessidade de atualização desses equipamentos. A modernização é essencial para a segurança de todos. A ideia não é trocar um elevador velho por um novo, mas aplicar um processo de inovação disponível no mercado para as estruturas existentes: nova tecnologia, novos produtos, digitalização… Tudo que é essencial para a segurança de um elevador sob renovação.” Ele explica que, por meio da troca de componentes antigos por opções mais modernas, com conceito de segurança e confiabilidade dos padrões atuais, cuja eficácia já foi comprovada, os usuários serão mais bem atendidos e protegidos.
Ele menciona também o conforto: “Aceleração e frenagem suaves, sem tranco, redução de fatores negativos de ruído e vibração, sem dúvida, resultam em uma melhor forma de transporte vertical. Os elevadores podem ser aperfeiçoados para se tornarem mais seguros, energeticamente mais eficientes, confiáveis e confortáveis.”.
Mas um aspecto chama atenção e impõe sentido de urgência aos prédios que ainda não modernizaram esses equipamentos. “Há a necessidade de cumprir os quesitos da norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a NBR 15.597:2010. Ela estabelece regras para a melhoria da segurança dos elevadores preexistentes à edição desses parâmetros, ou seja, dá o norte das adequações necessárias”, finaliza Aranha.
Benefícios da modernização
- Reduz o consumo de energia (em torno de 40%).
- Acaba com os danos, que exigem trocas frequentes de peças para manutenção ou reposição, muitas vezes com custo elevado.
- Diminui o custo de manutenção futura, além de sofrer menor desgaste.
- Promove mais segurança e conforto, pela eficiência e modernidade, eliminando trancos em partidas e paradas.
- Atinge maior precisão no nivelamento das paradas nos andares, independentemente da carga transportada.
- Introduz melhorias estéticas, por meio da troca de botoeiras das cabinas, da indicação em Braile e de botoeiras de pavimento.
- Elimina ruídos e barulhos que incomodam os moradores, principalmente nos andares mais altos.
- Atualiza o equipamento em relação à legislação, a novas normas de segurança e também aos critérios de acessibilidade.
- Promove economia com iluminação por LED.
- Valoriza o patrimônio (entre 10% e 15% do valor do imóvel) com a consequente modernização de um edifício com décadas de existência.
Serviço
Infolev – Elevadores & Informática
(21) 2210-6325 e (11) 3383-1900
infolev.com.br
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