Agir preventivamente é o caminho para não ter problemas
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Quando entramos em um prédio, geralmente olhamos a fachada, o hall de entrada, o jardim. Entretanto, de todos os espaços do imóvel, os elevadores são os equipamentos mais importantes e os mais usados, tanto em prédios residenciais como comerciais. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Elevadores (Abeel), no Brasil, são mais de 400 mil elevadores espalhados pelas cidades.
Apesar de ser um meio de locomoção muito seguro e rápido, as normas de segurança precisam ser cumpridas. A falta de manutenção é a maior causa de acidentes e de problemas no funcionamento. E no dia a dia agitado de todos, ser pego de surpresa com o elevador quebrado é um deus nos acuda. Mas o que priorizar quando isso acontece no condomínio? Quais são as medidas urgentes que têm de ser tomadas?
“Independentemente de o elevador parar ou quebrar por falta de manutenção, o mais importante é não tentar solucionar o problema. Faz-se necessário aguardar o atendimento da empresa contratada, que presta serviço de conservação e manutenção do elevador do prédio, para que, assim, seja diagnosticada a causa e dada a solução para o restabelecimento de seu funcionamento. Vale ressaltar que muitos acidentes ou incidentes com elevadores ocorrem quando há interferência de terceiros não habilitados”, afirma Alexandre Ribeiro, gerente comercial da TB Rio Elevadores. A empresa está desde 1979 no mercado.
O engenheiro Fábio Aranha é sócio-fundador da empresa Infolev – Elevadores & Informática Ltda. De acordo com ele, “o elevador é um meio de transporte essencial, pois em quase todos os edifícios há pessoas que dependem dele, tanto por dificuldade de locomoção como idosos, por exemplo, ou jovens sadios, pois também é fundamental para transporte de compras, mudanças, malas, carrinhos de bebê, lixo etc. Mesmo com outro elevador funcionando, geralmente o tráfego fica comprometido e o risco da paralisação do segundo elevador provoca um verdadeiro caos”.
Contudo, se o síndico for pego de surpresa com a quebra do único elevador do prédio, por exemplo, ele tem autonomia para usar o fundo de reserva para fazer o conserto. Mas é obrigatório que ele marque, o mais rápido possível, uma assembleia de emergência para apresentar todos os gastos e motivos. É o que explica Gabriela Alvim, síndica profissional. “O ideal é que todas as ações sejam combinadas em assembleia. Mas se por algum motivo muito urgente isso não acontecer, o síndico tem autonomia para fazer o reparo, mas depois o gasto tem de ser levado para assembleia para que seja feita a prestação de contas.”
Isso porque, mesmo fazendo a manutenção com regularidade, em alguns casos, o elevador pode parar. O gerente comercial da TB Rio Elevadores diz que isso pode acontecer pelo desgaste, pela ação do tempo em algum material e por falha de sistema dos equipamentos. “Na ausência de funcionamento de um dos elevadores, a sugestão é sobrecarregar o mínimo possível os demais que se encontram em funcionamento, como evitar obras ou mudanças não programadas pelos condôminos ou transporte de peso durante o período.”
Ivaneck Barbosa é síndico desde 2009 do Condomínio Araguaia, na zona norte do Rio de Janeiro. O prédio tem nove andares, com dois apartamentos por andar, e conta com apenas dois elevadores, um social e outro de serviço. O imóvel é antigo, tem 42 anos. Todos os dias, Ivaneck faz uma fiscalização, sobe e desce, vê se está fazendo algum barulho, se está parando desnivelado. Para não ser pego de surpresa, ele tem um contrato com uma empresa e está sempre com a manutenção em dia. “Em todos esses anos como síndico, nunca tive uma emergência. Isso porque a primeira providência que tomei logo que assumi foi contratar uma empresa que fizesse manutenção de primeira qualidade. Modernizamos os elevadores tanto na parte mecânica quanto no acabamento.”
Marcio Cordeiro é diretor da Embelezart Elevadores. Ele afirma que, para não ter nenhum contratempo, o melhor é fazer como Ivaneck e se prevenir. “Equipamentos mais antigos demandam mais cuidados. Nesse sentido, acompanhar as inovações tecnológicas também pode servir como medida preventiva.” Mas se mesmo assim um problema acontecer, a primeira coisa a fazer é um “contato imediato com a empresa de manutenção para que o equipamento torne a funcionar com a devida segurança”.
Síndica desde 2016 do Condomínio Barra Family, zona oeste, Lucia Helena Mello afirma que também nunca passou por uma emergência. O condomínio é grande, são cinco blocos que somam 440 apartamentos. Para atender a todas as pessoas que moram no local existem 12 elevadores. Antes de assumir, ela conta que os moradores sofriam muito com problemas de paralisação, principalmente por falta de peças. “Já aconteceu de os dois elevadores do mesmo bloco ficarem parados. E havia moradores idosos que não conseguiam descer e subir os dez andares. Se a pessoa passasse mal, não conseguiria sair de casa. Então, era um transtorno muito grande. Elevador é igual a carro, tem o padrão, com aquela série, peças específicas. Desde que assumi como síndica minha preocupação maior era atuar preventivamente.”
Lucia contratou uma empresa para fazer uma revisão, uma vez que a anterior não dava a segurança de que ela precisava. Formada em administração, ela atua no mercado há mais de 30 anos. Reunindo a experiência pessoal com a de síndica, preferiu fechar contrato com uma empresa menor, que ouviu a opinião dela e conseguiu diagnosticar o motivo de tantos problemas. “Com um fornecedor montamos um plano. Tivemos de modernizar a parte tecnológica, visto que a mecânica estava boa.” A partir daí, Lucia traçou um cronograma e modernizou os equipamentos. “É um investimento, mas conseguimos fazer um planejamento financeiro e fomos reformando um elevador por bloco; e no outro, fomos mudando as botoeiras e fizemos pequenos ajustes. Foram três anos para atualizar tudo. Foi uma parceria muito feliz. Desde então praticamente os problemas desapareceram.”
Fábio, da Infolev, também comparou o elevador a um carro. “Todos os síndicos e até mesmo os moradores sabem bem que não vale a pena manter um carro muito antigo por causa do custo de manutenção, da falta de peças, maior consumo, alto índice de defeitos etc. Equipamentos desatualizados também estão defasados em relação às normas mais atuais de segurança, que envolvem tanto usuários bem como técnicos que fazem a manutenção. Além disso, elevadores modernizados costumam economizar até 40% de energia, evitando contas altas e desperdícios.”
Além da economia, da segurança e do conforto para os moradores, o síndico deve ficar atento porque está na Lei 1.348, do Código Civil, no capítulo sobre Condomínios, que o síndico pode ser responsabilizado por algum acidente que aconteça nos elevadores.
Gabriela administra quatro condomínios, todos residenciais – embora em um deles haja lojas comerciais embaixo – nas zonas oeste e norte. Em um dos condomínios da zona norte, uma obra que era apenas para ser estética acabou revelando um problema grave. “Foi uma obra de modernização e embelezamento, mas a empresa encontrou muito cupim na parede de madeira do fundo do elevador. Então a reforma acabou evitando que algo grave acontecesse, visto que se qualquer pessoa batesse ali no fundo do elevador com um móvel ou eletrodoméstico a parede de madeira poderia cair e causar algum tipo de acidente.”
Há mais de dez anos a Embelezart atua no mercado. Para o diretor da empresa, trocar o elevador não é só estética, uma vez que o equipamento acaba sendo a extensão de nossa casa, fazendo parte da segurança dos moradores. “A segurança sempre deve ser o foco principal no transporte vertical. Assim, manter cuidados de manutenção dos compartimentos mecânicos, eletrônicos e elétricos é de suma importância. Entretanto, os cuidados estéticos se relacionam com esse conceito, uma vez que revestimento, piso, subteto e iluminação adequados também colaboram com a segurança dos indivíduos.”
Além disso, elevadores bem-cuidados também valorizam o patrimônio. Para o sócio-fundador da Infolev, “a modernização dos elevadores não é despesa, é um investimento. As estimativas das entidades imobiliárias calculam uma valorização de cerca de 10% do valor do imóvel. Elevadores defasados geram, inclusive, prejuízo para os proprietários, por exemplo, com dificuldade para locação de imóveis. A empresa está no mercado desde 1991. Gabriela também acredita que “tudo que se faz em um condomínio agrega valor ao imóvel. Mas o elevador ainda mais, porque uma piscina nem todo mundo usa. O elevador todo mundo vê, porque todo mundo usa”.
Na hora de escolher uma empresa é necessário ficar sempre atento à documentação e regularização dos órgãos competentes, assim como checar se a empresa tem credibilidade no mercado e se age sempre com transparência e segurança. Precisa ser levado em consideração a estrutura de atendimento, o corpo técnico preparado e especializado em todas as tecnologias disponíveis, além de atendimento 24 horas. “Não levar só em conta o preço. No momento de escolher, tive opções mais baratas, mas que não inspiraram segurança. O valor não pode ser o único fator”, afirma Gabriela.
Ivaneck acredita que se deve procurar a firma com capacidade de resolver a questão o mais rápido possível para não ter problemas com peças, que em alguns casos demoram muito para chegar. “Às vezes, falta luz, e a empresa chega em cerca de dez minutos para liberar a pessoa presa no elevador. Isso é importante, visto que o elevador é o equipamento que todo mundo usa. Trabalha igual nosso coração, o dia inteiro, sem parar. Para ele funcionar bem é essencial ter pessoas capacitadas cuidando dele.” Ivaneck aponta que a parte estética é fundamental. O elevador precisa ter boa iluminação, espelho e ventilador embutido. “Em tempo quente, o elevador está fresquinho, gerando comodidade e conforto. O elevador do prédio é referência aqui na rua. Vários síndicos vêm aqui conhecer meu elevador”, brinca ele.
Serviço:
Embelezart Elevadores
(21) 3555-3830/3547-2930
www.embelezartelevadores.com.br
Infolev – Elevadores & Informática Ltda.
(21) 2210-6325
www.infolev.com.br
TB Rio Elevadores
(21) 2501-0742
www.tbrioelevadores.com.br
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