Em 2016, os fundos imobiliários se valorizaram 32,3%, chegando a dar retorno de quase 10% só em março daquele ano. O surpreendente desempenho fez crescer as expectativas de que, em 2017, poderiam repetir o feito, principalmente diante do cenário de queda dos juros, que motiva o investidor a sair da zona de conforto.
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Os fundos imobiliários (FII) são investimentos de renda variável e funcionam como ações, mas, em vez de empresas, o aporte é em imóveis. Dentro do fundo, cada investidor tem uma cota correspondente ao montante aplicado, que rende um valor mensal. Como investir em imóveis já é comum ao brasileiro, dentro do volátil universo de renda variável, ele acaba sendo um investimento mais “amigável”.
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Para os que cogitam imóveis como forma de investimento, optar por um fundo imobiliário pode ser vantajoso, já que dispensa a saga por longos financiamentos ou a necessidade de juntar uma enorme quantia de dinheiro.
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Geralmente, uma cota de um fundo imobiliário não passa de R$ 4,5 mil, podendo ser adquirida por muito menos.
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Além de ser uma alternativa à renda fixa e garantir uma remuneração mensal ao investidor, outro atrativo dos FII é a isenção de taxa de imposto de renda no valor do rendimento. As vendas das cotas com lucro, porém, são taxadas em 20%. Há ainda a taxa de administração do fundo, que pode ou não ser cobrada pela corretora.
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Com mais uma queda na semana passada da taxa básica de juros (Selic), hoje em 11,25% ao ano, os fundos ganham atratividade frente às aplicações tradicionais de renda fixa. A busca por retornos maiores incentiva os investidores a tomar mais riscos, o que contribui para aquecer o mercado. Outro chamariz foi a crise do setor imobiliário, que agora ensaia sinais de retomada, mas trouxe a oportunidade de negociar imóveis vazios a preços mais baratos.
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Até o dia 12 de abril, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) – indicador do desempenho médio das cotações dos fundos na Bolsa – avançou no ano 8,61%. Boa parte dessa alta foi uma resposta à confirmação da queda já esperada da Selic.
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Tipo de imóveis. Para dar os primeiros passos nesse mercado, analisar o perfil dos imóveis do fundo é essencial, apontam especialistas. Investigue com atenção quais tipos de imóveis compõem a carteira para não tomar a decisão errada, bem como a localização e a qualidade dos espaços.
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Muito da melhora no cenário veio dos imóveis corporativos. Outros fundos vantajosos, segundo ele, são os galpões logísticos, por causa da demanda das empresas por esse tipo de espaço, e os shoppings, que podem se aquecer mediante uma retomada do consumo.
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Já uma categoria de fundos que deve diminuir seus rendimentos é a de recebíveis, como o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), ou papéis com lastro imobiliário, como a Letra de Crédito Imobiliário.
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Fonte – O Estado de S. Paulo, Jéssica Alves
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