Manutenção preventiva e corretiva deve estar em dia para que rebocos e pastilhas não se soltem
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Um dos principais problemas a que todo prédio precisa estar atento é, sem dúvida, em relação à fachada. O síndico pode até não perceber, mas a questão da manutenção vai muito além da estética: a fachada deve estar sempre com a conservação em dia para evitar acidentes. Queda de rebocos e de partes da construção, bem como pastilhas que se soltam e até mesmo aparelhos de ar-condicionado que despencam, podem ocorrer. E ninguém quer passar por isso, certo?
Para evitar esses e outros problemas, Paulo Rafael Pimentel Nunes, sócio-presidente da RJ Construfort, alerta: se o prédio não faz manutenção preventiva e corretiva a cada cinco anos, o reboco pode cair, sim, atingindo pessoas e carros, por exemplo. “Em todas as nossas obras, fazemos o teste de percussão da fachada. Com o passar do tempo, é natural que essa parte do prédio apresente manchas, rachaduras e buracos. Esse teste permite que, por meio de um martelo metálico ou de nylon, seja verificado o diagnóstico das fachadas. Assim, se o barulho for muito cavo, por exemplo, indica que o revestimento não está bem aderido, o que pode causar fissuras e infiltrações”, afirma.
Para a síndica Ângela Du Bocage Alves, que está à frente do Solar da Marquesa, com 108 apartamentos, um bloco e situado na zona sul carioca, os prédios devem sempre estar em bom estado de conservação. “Nunca tivemos acidentes. Em nosso caso, ocorreria queda de pastilha, pois o prédio é revestido dessa forma. Mas nossa manutenção é feita pela empresa RJ Construfort, que nos atende há oito anos. Mas reforço que, para evitar acidentes, é preciso prestar atenção à manutenção tanto de fachada, toldos, rebocos e restauração estrutural quanto de ferragens estruturais, para não causar infiltrações nos apartamentos”, observa ela, que faz manutenção de dois em dois anos.
Paulo Rafael explica que o trabalho requer o mesmo cuidado com fachadas de granito ou de mármore. “Não importa o material em si. No caso, depois de fazer o teste de emboço, é preciso fazer um novo em toda a parede externa. Um detalhe que deve ser observado é que, caso o emboço apresente a tinta em péssimo estado de conservação, quando chover, é inevitável infiltrar água nos apartamentos”, comenta.
Assim, o síndico deve estar atento a outros problemas que podem surgir, como rejunte e pastilhas desgastados, pastilhas estufadas, oxidação nas ferragens. De acordo com Paulo Rafael, os condomínios devem se precaver fazendo manutenção preventiva e corretiva. “Alguns síndicos deixam passar muito tempo até chegar ao ponto de mexer na viga, quando ela pode até mesmo estourar. Isso ocorre quando a parede começa a descascar, quando o rejunte já está desgastado. Não é indicado esperar ficar desse jeito para fazer a manutenção”, diz ele, acrescentando que a impermeabilização também é necessária para evitar a oxidação das ferragens. “É essencial para prevenir esse tipo de situação, porque, com o material correto, o concreto vai estar sempre seco. Também usamos tintas da linha premium, que são antifumo e antimaresia, que evita que haja tração de água, chegando à parte de ferro.”
Alteração de fachadas
A Lei nº 4.591/64, conhecida como Lei dos Condomínios, proíbe de maneira expressa “alterar a forma externa da fachada”, condicionando qualquer modificação à aprovação dos condôminos. Ângela Du Bocage Alves diz não ter passado pela experiência, visto que, em seu condomínio, a convenção não permite mudanças na fachada. Paulo Rafael explica que, caso seja necessária alguma alteração na fachada, é preciso seguir uma série de trâmites. “Isso já envolve a Prefeitura, pois o engenheiro deve aprovar a mudança de característica. E esse procedimento ocorre quando o condomínio quer e, às vezes, pode demorar dois anos”, afirma.
O especialista diz ainda que é imprescindível conscientizar os condôminos da importância da manutenção da fachada, mesmo que a obra cause incômodo. “É um transtorno momentâneo que vai valorizar o imóvel. Quem consegue vender um apartamento com o emboço caindo, o prédio todo quebrado, cota extra? Isso é ruim para todos”, observa ele, acrescentando que todos os acessos devem estar disponíveis para a realização da obra. “As coberturas que fecham sua área externa com vidro, por exemplo, atrapalham o acesso à fachada, ocasionando um custo extra, pois temos de colocar o andaime numa altura ainda maior e fazer a ancoragem do equipamento”, completa.
Além disso, o síndico e o zelador devem ter atenção especial aos toldos, que podem estar muito velhos e, por isso, desprender-se. “Mesmo sendo responsabilidade do morador, quem verifica isso é quem cuida do prédio”, indica Paulo Rafael, sem deixar de alertar que obras relativas a fachadas devem ter registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). “O síndico tem sempre de contratar empresas que possuam engenheiros registrados no órgão, pois, como toda obra, tem de ter a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), que indica um responsável pelo trabalho em andamento”, finaliza.
Serviço
RJ Construfort
(21) 3588-9331/97531-7459
rjconstrufort.com.br
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