Férias escolares e altas temperaturas combinam com diversão e com o aumento de crianças em piscinas dos condomínios. Por isso, a atenção deve ser redobrada para evitar acidentes. É obrigação do condomínio garantir a segurança de seus banhistas com boas instalações, balneabilidade da água e aspecto sanitário. Para a diretora do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias em Engenharia de São Paulo (Ibape-SP) e engenheira civil Rejane Saute Berezovsky, um dos cuidados da inspeção preventiva é em relação ao risco de sucção no sistema de drenagem e tratamento da água do tanque, abaixo da linha d’água. É que o banhista corre o risco de prender os cabelos, aprisionar membros do corpo e objetos. “Recomendamos o uso de tampas antiaprisionamento ou tampas não bloqueáveis, que cubram o dreno de fundo, como consta na cartilha de Inspeção Predial. Equipamentos e espaços de lazer, com download gratuito pelo site do Ibape”.
ORIENTAÇÕES VISÍVEIS
Rejane recomenda que as informações aos banhistas apareçam em local e tamanho visíveis, inclusive com ilustrações compreensivas a analfabetos. Para se ter ideia, ocorrem, em média, 17 mortes por afogamento no Brasil – em 2% dos casos, acontecem em piscinas. O afogamento pode ocorrer pelo fato de o indivíduo não saber nadar, por quedas, brincadeiras perigosas ou sucção. As crianças são as principais vítimas deste tipo de acidente.
Qualquer descuido pode ser fatal. Por isso, os cuidados devem ser redobrados com os pequenos, mas adultos e idosos também não estão livres do risco. A segurança é um tema tão importante que chegou ao Senado em forma de proposta para regulamentar o funcionamento de piscinas. Levando em consideração a relevância do assunto, a Nautilus, empresa de equipamentos para piscinas, em parceria com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), reuniu em um e-book dicas para garantir a segurança da diversão na piscina para toda a família.
Espalhar objetos ao redor da piscina, por exemplo, pode causar acidentes e quedas. Outro erro bastante cometido é não se atentar ao piso utilizado no espaço. Escolher um material escorregadio compromete a segurança de quem usa o local e também pode causar quedas. Deixar brinquedos dentro da piscina, por sua vez, é um verdadeiro convite para crianças e pets. Eles podem tentar alcançá-los, acabar caindo dentro da piscina e se afogar.
Outro cuidado importante é com os choques elétricos. Com o desejo de tornar a piscina cada vez mais moderna e seguir as principais tendências de decoração e paisagismo, são feitos investimentos em sistemas de iluminação. No entanto, se a instalação não for realizada por profissionais especializados ou não contar com materiais de qualidade seguindo a norma NBR 5410, os usuários passam a correr riscos de receber choques elétricos, comprometendo a segurança e o bem-estar.
Sinal de alerta com tempestade
No Brasil, cerca de 50 milhões de raios caem anualmente, especialmente na primavera e no verão. A localização do país e as altas temperaturas fazem com que os raios e as tempestades sejam outro grande motivo de acidentes em piscinas. A segurança é comprometida quando alguém coloca a sua vida em risco e decide utilizá-la durante as tempestades. Mesmo que a pessoa esteja apenas próxima do local da descarga, a força do choque é tão grande que ela pode sofrer o impacto. Em distâncias maiores ou menores, os riscos são graves: sofrer queimaduras, asfixia e até paradas cardíacas. É essencial que, durante as tempestades, ninguém entre na piscina. Os elementos químicos presentes na água são condutores elétricos e podem colocar a vida do banhista em risco. Além disso, dentro da água, o corpo atua como um para-raios, atraindo as descargas elétricas.
Fonte: O Dia
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