10/06/2015 –Revista Secovi Rio

É seguro? Essa é a indagação que toda mãe faz ao seu filho quando ele diz que vai brincar fora de casa. Cada vez mais incrementados, os condomínios oferecem uma série de novidades para quem quer se divertir, entretanto, apesar de aparentemente inofensivos, esses equipamentos podem esconder uma série de perigos.

Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam que nos últimos 15 anos foram registradas mais de 6,2 mil internações hospitalares decorrentes de lesões e fraturas em playgrounds. Atuante no Brasil desde o ano de 2001, a ONG Criança Segura trabalha na prevenção de acidentes de crianças com até 14 anos de idade através da realização de oficinas públicas à distância.

A coordenadora nacional da ONG, Alessandra Françoia, diz que a maioria das pessoas não sabe se um brinquedo é seguro ou não por simples desconhecimento. Por isso, ela defende que as empresas adotem selos indicativos do Inmetro em seus brinquedos. Mas isso não é tudo. Ela afirma que a fiscalização quando a criança estiver utilizando o brinquedo é essencial:
“É natural que a criança queira se aventurar, isso faz parte do crescimento dela. Cabe aos pais observar constantemente para limitar essa ousadia.” A pediatra e Coordenadora de Planejamento do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), Germana Bähr faz outros alertas quanto à prevenção de acidentes em parquinho de diversão.

“Os pais precisam avaliar a localização e a estrutura dos brinquedos, que devem ser cercados com barreiras, para que as crianças não se afastem do campo de visão dos responsáveis e fiquem longe dos estacionamentos”, indica, completando ainda que os pequenos devem ser orientados a usar roupas e sapatos adequados, evitando o uso de cachecóis, gorros e sapatos abertos. Segundo a médica, calças compridas também são uma ótima opção para proteger em caso de quedas.