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Empresas de limpeza oferecem tecnologia e novas soluções para condomínios

Limpeza e higiene são fatores fundamentais na gestão de um condomínio. Ambientes bem cuidados, além de trazerem a sensação de conforto, são mais saudáveis e organizados. Hoje em dia, empreendimentos de grande porte, com ampla área de lazer, fazem com que o trabalho de faxina e manutenção seja ainda mais complexo. Por isso mesmo, as empresas que oferecem serviços terceirizados de limpeza estão se reinventado para atender às novas demandas.

Muitas estão investindo em maquinário, produtos de limpeza menos agressivos à saúde das pessoas e ao meio ambiente e algumas delas até em reciclagem de lixo, tornando o condomínio mais sustentável. “Temos equipamentos profissionais que diminuem o tempo de trabalho e ainda trazem um resultado de excelência na faxina – tecnologia de ponta, como enceradeira, lava-jato, máquinas lavadoras elétricas etc. Para você ter uma ideia, para fazer um mesmo serviço sem essas máquinas, precisaria de três ou quatro pessoas e, agora com esses equipamentos, uma única pessoa treinada para operar a máquina já resolve”, explica Bernardo Lara, CEO do Grupo Cara de Tigre. 

Para Eduardo Reich, sócio administrador da Leste Sudeste Facilities, as empresas estão reconhecendo a importância de se investir em tecnologia para melhorar a eficiência de suas operações. “Por exemplo, temos uma máquina que aspira e já lava o piso ao mesmo tempo. Tem outra que faz a varrição. Para cada uma delas, temos diversos tipos de contrato que adequamos ao perfil de cada cliente. Quando o condomínio é maior, vale a pena adicionar esses equipamentos. Também há a opção de incluir esse maquinário uma vez por semana ou mensalmente.”

O especialista da Leste Sudeste destaca ainda que o mais importante é a empresa ter funcionários bem treinados para não só operar essas máquinas, como desenvolver a tarefa como um todo. “Os trabalhadores têm que usar equipamentos de proteção individual (EPI) e receber orientações para realizar um trabalho de qualidade e não se machucarem. Todos também aprendem a usar os produtos de limpeza, fazer mistura e aplicar o material corretamente, o que proporciona uma gestão mais eficiente e reduz custos.”

O síndico profissional Valdecir Ferreira já optou por contratos que forneciam carrinhos funcionais. “Como no corredor dos apartamentos era recomendado não fazer barulho, com esse equipamento, o funcionário conseguia levar água, desinfetante, vassoura, rodo etc. de um andar para o outro de forma organizada e mais silenciosa.”

A terceirização de limpeza em condomínios também pode englobar outros tipos de serviço, como faxina pós-obra, reparação de telhados, lavação em altura e ainda trabalhos mais específicos, como higienização que utiliza máquinas que matam vírus. 

Valdecir administra quatro condomínios. O maior deles é o RJZ Cyrela Like Residencial Club, que fica na zona oeste do Rio de Janeiro. Hoje em dia, são três torres com mais de 500 apartamentos cada uma. Mais uma torre está em construção, e aí serão mais de 700 unidades e mais de 6 mil metros quadrados de área de lazer. Só a gestão de limpeza já é bastante complexa. Imagina com uma obra de grande porte… 

Mas segundo o síndico profissional, isso não se reflete em sobrecarga para os funcionários que prestam serviço para o condomínio. “A própria empreiteira fez um contrato adicional com a empresa que trabalha pra gente, e esses funcionários extras passaram a fazer a faxina das áreas mais afetadas pela sujeira da obra, como a piscina, as quadras e a garagem. Essa opção não afeta o nosso orçamento. A gente também contrata essa empresa terceirizada para fazer a limpeza em altura, como lavar os pergolados dos quiosques e da academia, para isso, eles mandam um funcionário à parte, capacitado.”  

O CEO do Grupo Cara de Tigre enfatiza que essa limpeza em altura é diferenciada e, por isso mesmo, o profissional tem que ter o curso e respeitar as normas técnicas para desenvolver o trabalho. O uso de equipamentos específicos de segurança é outro ponto que não pode ser esquecido. “Esse tipo de limpeza geralmente pode ser solicitado em um contrato extra. Para tanto, é preciso seguir a Norma Regulamentadora NR35, que trata de trabalho acima de dois metros de altura e que determina todas as obrigações legais, tanto do empregador quanto do empregado, para garantir a segurança de quem realiza trabalho em altura.” 

O Grupo Cara de Tigre ainda presta serviço especializado em tratamento, limpeza e restauração de pisos. “Trabalhamos com todos os tipos de piso e com material adequado para cada um deles.  Também oferecemos a gestão de material de limpeza e de equipamentos. Em cada contrato, fazemos um organograma específico para o condomínio, no qual sinalizamos os pontos de limpeza, a frequência e o horário em que precisam ser realizados a cada dia; isso tudo tem que estar bem organizado para que nenhuma parte do condomínio fique sem faxina.”  

A terceirização é algo cada vez mais comum nos condomínios. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2023, 25% dos trabalhadores formais do país são empregados de empresas terceirizadas. E, nos condomínios, o uso desse tipo de mão de obra é cada vez mais comum, já que é uma alternativa eficiente, que garante uma gestão mais profissional, com mão de obra qualificada e treinada. 

Mônica Radicetti Riedlinger também é síndica profissional e CEO da própria empresa, que atende mais de dez condomínios na zona sul, na Grande Tijuca e na zona oeste da cidade. “Eu vim dessa área; trabalhei muitos anos com terceirização de mão de obra. Eu era a outra parte, era o fornecedor; hoje sou o tomador de serviço. Por isso mesmo, sempre tento mostrar as vantagens da terceirização para os condomínios. Mas ainda existe um preconceito muito grande por parte dos conselheiros em relação à terceirização da mão de obra, uma resistência por falta de conhecimento.”

A maioria dos condomínios que ela administra tem mão de obra terceirizada. Geralmente, os que são menores possuem funcionários orgânicos, ou seja, contratados pelo condomínio, mas isso pode mudar. Em julho de 2024, Mônica passou a administrar um prédio que só tinha um zelador. Com a saída dele, ela sugeriu aos moradores contratar uma empresa terceirizada. Mesmo sob protesto de alguns condôminos, ela propôs uma experiência de três meses, e todos adoraram e resolveram manter a terceirização. 

Em outro caso, Mônica encontrou um condomínio de apenas 15 apartamentos e uma loja com uma folha de pagamento muito elevada. “Fiz uma planilha e mostrei os custos para os condôminos. Eles pagavam 24 mil reais por mês. Com a terceirização, o valor caía à metade. Mas aí havia o problema do valor das indenizações. Fiz os cálculos e decidimos pedir um empréstimo fracionado em 48 meses. Isso foi feito, e a empresa foi contratada. Hoje os moradores acham o condomínio muito mais limpo, os porteiros vão trabalhar de gravata, mais arrumados. E eu não preciso me preocupar com compra de material de limpeza, férias, faltas. Conseguimos criar vínculos entre os funcionários e os moradores. Em outro prédio na zona sul, tenho funcionário terceirizado há 20 anos. E todos amam.” 

Valdecir também tem condomínios nos dois formatos. Ele acredita que ambas as maneiras podem dar certo. “Depende muito do perfil de cada condomínio e dos moradores. Se pensar apenas na parte de custos, um funcionário que fica muito tempo em um condomínio pode se tornar uma despesa alta. Quando se tem uma empresa terceirizada, por mais que haja um custo um pouco maior durante os primeiros meses, ele é diluído ao longo do tempo, e, lá na frente, se o funcionário decide se aposentar ou se afasta por algum motivo, o condomínio não sofre um baque financeiro. Então é colocar na balança para ver o que vale mais a pena. Faz parte do papel do síndico fazer esse tipo de análise para direcionar as pessoas, por mais que ele não tenha a voz final, para dizer se contrata ou não, mas ele tem que saber como levar isso para a assembleia.” 

Como diz Mônica, no fundo, estamos contratando pessoas, independentemente de qual CNPJ. E elas trabalham e convivem com outras pessoas que moram no condomínio. E essa relação pode ser harmônica ou não, sendo o funcionário orgânico ou terceirizado. “As pessoas têm um entendimento equivocado de que a terceirização envolve uma rotatividade grande de prestadores ou que não são pessoas de confiança. Quem garante que não vai ter rotatividade se o colaborador for contratado diretamente pelo condomínio? Será que o funcionário vai se adaptar às regras? A questão maior é a qualidade do serviço. Assim como existem maus profissionais, existem empresas boas e empresas nem tão boas assim. Eu não contrato apenas terceirizadas com base no preço. Sempre procuro escolher empresas que tenham um trabalho de qualidade.”

Algumas regras são essenciais no momento da contratação de qualquer empresa. Ela precisa treinar e capacitar todos os seus funcionários: “Tanto o treinamento para o colaborador saber usar adequadamente os equipamentos quanto diluir os produtos químicos, pois, se ele não souber usar, pode se intoxicar. Hoje, um produto só, dependendo da diluição, vira multiúso, detergente, desinfetante…, que pode ser usado em várias atividades de limpeza. E seu uso adequado gera segurança para os trabalhadores e economia para o condomínio”, explica Mônica. 

O treinamento também passa pelo cuidado da empresa com os funcionários para que eles não se machuquem quando estiverem usando as máquinas ou equipamentos como vassouras, rodos etc. “Nós da Cara de Tigre estamos substituindo produtos que têm cloro por peróxido, que não é nocivo à saúde. Paga-se um pouco mais, mas se usa um produto que não afeta a saúde do colaborador. A escolha de produtos de limpeza eficientes e sustentáveis, que podem atender às demandas dos condomínios e, ao mesmo tempo, contribuir para a preservação do meio ambiente, acaba se revertendo também em segurança para os moradores, as crianças e os pets que circulam pelo prédio. É fundamental que as empresas terceirizadas treinem seus funcionários no uso desses produtos e estejam atentas às especificidades de cada condomínio. O síndico tem que observar também se a empresa conta com médico do trabalho”, destaca Bernardo.  

A Leste Sudeste Facilities também tem essa preocupação. A empresa está no mercado de locação de facilities services há mais de 20 anos nos mais diversos segmentos do mercado. O sócio administrador Eduardo Reich ressalta que, além de observar todos os pontos mencionados, o síndico deve pedir as certidões de regularidade da empresa, checar se todos os funcionários são contratados e se recebem todos os benefícios trabalhistas a que têm direito. “Tem de checar se a empresa tem gestão financeira, se é uma empresa capitalizada. E uma boa dica é verificar se ela está associada ao Sindicato de Asseio e Conservação do Rio de Janeiro (SEAC-RJ).” Essa associação possui representação legítima não apenas perante as empresas de prestação de serviço do Rio de Janeiro, mas diante das principais associações nacionais e internacionais do setor. São mais de mil empresas que geram 120 mil empregos diretos.

Mônica acrescenta ainda que o síndico precisa olhar o CNPJ da empresa e não contratar microempresa (ME), “porque ela talvez não tenha capital social suficiente para cobrir as despesas”. Outra dica importante é pedir que o estabelecimento entregue uma planilha aberta com todos os seus gastos. “Se o síndico não conhecer o assunto, pode pedir ajuda de algum especialista para saber como a empresa chegou ao valor apresentado. Se está considerando férias, licenças, material de limpeza… Vale também exigir o comprovante do pagamento dos benefícios dos funcionários e verificar se o cargo está batendo com o que foi contratado. Eu já tive nota fiscal referente ao custo de funcionários com salários mais baixos, embora pagasse por mão de obra mais cara.” 

“A ideia de se contratar uma empresa terceirizada é tirar do síndico a responsabilidade de gerenciar um serviço para o qual existem profissionais especializados aptos a realizar essa tarefa. Com as terceirizadas, não tenho dor de cabeça, porque, na equipe, tenho um funcionário que se destaca, que é o encarregado. Ele é responsável pela vistoria, por toda a parte de coordenação da equipe, por fazer o cronograma de atividades, então, assim, o único trabalho que tenho diretamente com relação à equipe de limpeza é andar pelo condomínio para ver se a faxina está acontecendo de fato ou não e ouvir o feedback dos moradores”, conta Valdecir.

 

Serviço

Cara de Tigre
https://grupocaradetigre.com.br
(21) 96896-6587/99229-6592

 

Leste Sudeste Facilities
https://www.lestesudeste.com.br/
(21) 97951-0055 

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