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Incêndio em prédio não é ficção

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Prevenção e equipamento de combate ao fogo nos condomínios salvam vidas

 

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Imagina ser acordado no meio da madrugada pela brigada de incêndio do prédio pedindo para que você e a sua família saiam o mais rápido possível do imóvel? Quantas decisões a tomar em tão pouco tempo! O médico Joaquim Mesquita Filho e a família dele passaram por situação semelhante na madrugada de 28 de abril de 2021. Ele estava morando, provisoriamente, no apartamento de um condomínio na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, porque a casa dele estava passando por reformas. Joaquim estava no imóvel com a esposa, os três filhos – um de 9 anos, um de 4 e a mais nova, de 2 anos –, a babá e a mascote da família, a cachorra Brisa, de 12 anos. 

“Foi uma algazarra e eu sem entender o que estava acontecendo. Fumaça no teto do corredor, as pessoas desesperadas saindo dos apartamentos, e o cara falando para mim que o prédio estava pegando fogo. Fiquei desesperado. Fui lá, acordei a minha mulher, ela acordou os filhos. A babá desceu com a pequenininha, a minha esposa levou os dois meninos de mãos dadas”, contou o dermatologista. Mas a família ainda tinha uma questão para resolver. A cadela Brisa é idosa, com problemas de saúde. “Nós estávamos no 15º andar, tinha de descer de escada, é um caminho árduo. Ela tem displasia femoral, então o quadril dela desaba. Eu vendo a fumaça, sentindo o cheiro de queimado, pensei: não tenho como deixar a cachorra aqui, né? Mas ela pesa 40 quilos, como descer levando-a? Primeiro cogitei ficar com ela no apartamento, depois refleti melhor e decidi descer carregando-a no colo.”

Joaquim tentou ajuda, mas as coisas estavam muito tumultuadas. O incêndio tinha começado no ventilador de teto da sala de um casal de idosos que morava no sétimo andar, e os bombeiros tentavam retirar todos os moradores do imóvel. Então, o médico pegou a cadela nos braços e foi descendo até o quinto andar. Lá pediu ajuda de novo. “Quando cheguei tinha uma idosa descendo as escadas de bengala, estava meio engarrafado. Aproveitei para descansar quando vi um grupo de três ou quatro bombeiros subindo para o apartamento que estava em chamas. Então pedi para eles colocarem a cachorra no meu ombro, para ficar mais fácil para eu carregar. Quando cheguei lá embaixo, vi pessoas descalças, de camisola, de cueca, de tudo quanto é jeito. Foi bem desesperador.”

Infelizmente, situações como essa são mais comuns do que imaginamos. Um problema elétrico ou um descuido no fogão pode causar danos graves ao apartamento e ao prédio como um todo. E para diminuir os riscos de uma tragédia, “o síndico tem de estar atento para que sejam feitas, periodicamente, a manutenção preventiva – isto é, recarga dos extintores, revisão nos hidrantes e nas mangueiras, conserto das portas corta-fogo etc. – e a manutenção corretiva, que é, por exemplo, verificar se as mangueiras não estão furadas. Muitas empresas fazem contratos anuais com os condomínios, o que é muito bom para que tudo fique sempre em ordem”, explica Juraci Almeida Sousa, diretor da JS Extintores.

A JS Extintores foi fundada em 1998, faz a elaboração e aprovação de projetos de segurança contra incêndio e pânico, manutenção de equipamentos e vende produtos de proteção e segurança contra incêndio. A empresa também tem uma equipe experiente e é credenciada pelo Corpo de Bombeiros, pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ).  

Para o diretor da JS Extintores, é fundamental, no momento da contratação de uma empresa, que o síndico verifique se ela tem todos os certificados e credenciamentos exigidos por lei. Isso pode comprometer na hora do ressarcimento por parte da seguradora. “Por exemplo, se acontece um incêndio e os equipamentos não estão funcionando perfeitamente e o serviço de conservação não foi feito por uma empresa credenciada, a seguradora não paga. Por isso é importante que o síndico peça sempre a documentação e o selo de garantia.”

Francisco Armando Ferreira é síndico do Condomínio Edifício Hilana, que fica na zona norte da cidade. O imóvel tem 33 apartamentos, contando com a cobertura. Em 2017, o prédio passou por uma reforma na estrutura de combate a incêndio para cumprir as exigências dos bombeiros e, recentemente, o síndico fez a manutenção dos equipamentos. “Nós nunca passamos por uma situação de incêndio, mas não podemos relaxar sobre o assunto.”

Uma lei de março de 2017 (Lei nº 13.425) estabelece as diretrizes gerais sobre medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres nas edificações. Segundo essa lei, cabe ao Corpo de Bombeiros planejar, analisar, avaliar, vistoriar, aprovar e fiscalizar as medidas de prevenção e combate a incêndio, incluindo a aplicação de multas, interdição e embargo do imóvel.

Para fugir dos riscos, Juraci, da JS Extintores, afirma que o condomínio precisa ter também luzes de emergência e as portas corta-fogo funcionando perfeitamente. “Todo prédio tem de estar sinalizado, com marcação no piso e placas de fácil visualização. Em prédios pequenos, sem brigada de incêndio, é importante também que porteiros e zeladores recebam treinamento para utilizar os equipamentos em caso de princípio de incêndio ou ajudar na evacuação do prédio até a chegada do socorro. Para a segurança de todos, é importante saber que os extintores servem apenas para princípio de incêndio; depois que o fogo se alastra, o melhor é abandonar o imóvel o quanto antes e deixar o combate ao incêndio por conta dos bombeiros.” 

O síndico Francisco acredita que, depois da reforma, o condomínio ficou mais seguro. “Os porteiros foram treinados para agir de acordo com a necessidade, assim como os moradores do andar inferior.” O prédio conta ainda com sistema de câmeras de segurança que podem ser acessadas, por meio de aplicativo, por todos os moradores do condomínio. As câmeras foram instaladas também para prevenir furtos de equipamento de combate a incêndio. “Seis bicos de mangueira foram furtados do interior do prédio. Os bandidos vendem as ponteiras e conexões de bronze das mangueiras. Então, além de estarmos atentos à manutenção, temos de vistoriar o equipamento para ver se não foram roubados.”

O contrato de seguro contra incêndio também é uma ferramenta importante que o condomínio e os moradores precisam ter em dia. O seguro para o condomínio é obrigatório, mas se algo acontecer com o prédio e afetar apenas um apartamento, o proprietário tem de arcar com os prejuízos.  Por isso, é interessante ter o seguro de conteúdo para proteger a residência e os bens do imóvel. A Cipa Corretora recomenda uma análise abrangente para verificar quais novas coberturas o síndico e os moradores devem fazer. Embora haja semelhanças entre o seguro residencial e o seguro de condomínio, cada um auxilia o morador em situações distintas. 

O apartamento alugado pelo médico Joaquim não foi atingido, mas os momentos de tensão pelos quais ele passou ficaram guardados na memória. “O mais difícil foi lidar com o fato de os meus filhos estarem correndo risco. Pensei: caramba, realmente é um incêndio. Eu não sabia a gravidade da coisa, não sabia o que ia acontecer. Depois que a minha mulher, os meus filhos e a babá desceram fiquei mais tranquilo porque, na verdade, só dependia de mim. O condomínio ter uma brigada de incêndio, as escadas estarem bem iluminadas, bem sinalizadas, foi uma tranquilidade para todos nós.”

 

Serviço:

JS Extintores
(21) 2083-1828/96401-3654
jsretesteextintores.com.br

 

Cipa Corretora
(21) 2196-5000
cipa.com.br

 

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