Uma dose extra de natureza
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Poucas coisas são tão relaxantes quanto contemplar a natureza. Essa sensação é tão agradável que nós, que estamos nas grandes cidades, fazemos questão de trazer um pouco de verde para dentro de nossa selva de pedra. Um vasinho em casa, uma plantinha na varanda, jardins dos prédios bem floridos…
E os paisagistas, grandes artistas com o dom de organizar as plantas de forma com que fiquem um espetáculo à parte, são importantes aliados nesse ponto. Eles convertem espaços dos condomínios em lugares belíssimos onde podemos descansar a mente, nem que seja por poucos minutos.
Uma tendência paisagística que vem agradando a todos e tem sido cada vez mais observada por aí são os jardins verticais. Talvez eles tenham ganhado força por falta de espaço, como sugere a arquiteta Cecília Leles, da Leles Arquitetura. “Eles são uma tendência, porém, sempre que faço um projeto que inclui um jardim vertical, que é um investimento que merece toda a atenção no que se refere à manutenção, chamo um paisagista para executá-lo e explico ao cliente que a contratação mensal de um profissional especializado vai garantir o sucesso do projeto paisagístico. Do contrário, de um mês para o outro, pode-se perder todo o investimento”, alerta.
Katia Neves, paisagista e diretora da Katia Neves Jardins, concorda. Porém, em sua experiência, vê que alguns condomínios contratam um projeto paisagístico e depois preferem fazer a manutenção por conta própria. “Orientamos os clientes sobre os cuidados necessários. Mas é muito comum que, com o tempo, eles solicitem uma visita nossa para dar uma revitalizada, pois temos os profissionais adequados para cuidar dos jardins. No dia a dia, eles acabam percebendo que a experiência e o profissionalismo fazem toda a diferença”, explica Katia, que iniciou suas atividades na área em 2005.
Katia também percebeu que a tendência dos jardins verticais veio com força já há alguns anos e já contabiliza pelo menos uns 30 em seu currículo. “Tendo luminosidade e uma parede, conseguimos fazer um jardim vertical; não precisa de sol, apenas temos que adaptar as plantas à incidência solar do local (sombra, meia-sombra ou sol pleno).”
Segundo a profissional, os jardins verticais podem ser instalados em áreas internas também, mas para isso é necessário mais cuidado ainda, senão o tiro pode sair pela culatra. “Algumas pessoas preferem os jardins artificiais para áreas internas, mas eu ainda acho os naturais muito mais bonitos. E uma das grandes aliadas é a irrigação automatizada”, ensina.
Cecília Leles faz coro: “A irrigação automatizada é primordial com ou sem contrato de manutenção mensal.” Katia vai além: “O sistema é programável de acordo com a necessidade de cada jardim. Nossa equipe planeja a irrigação assim que entrega o projeto, e ensinamos também o cliente a fazer a programação caso ele não queira contratar a manutenção periódica. Isso porque, de acordo com a época do ano, a necessidade de irrigação é diferenciada. O verão precisa de mais água, o inverno de menos etc.”
Mesmo assim, as podas são necessárias periodicamente, bem como a limpeza das folhas para remover a poeira que impede a respiração e a fotossíntese. Mais um motivo para ter um profissional à frente de um belo jardim, seja ele vertical ou não. “A manutenção periódica também limpa as plantas, tirando as folhas secas e as ervas daninhas, faz adubação folhear e do solo, realiza o controle de pragas e doenças com aplicação de defensivos”, explica a paisagista.
Katia dá uma dica para quem não tem manutenção periódica: “É importante lavar as folhas; com mangueira é ótimo, mas se não tiver, um pulverizador serve. Para jardins grandes, pode-se usar um pulverizador de 10 litros (aqueles utilizados em dedetização). Ajuda muito, faz uma diferença enorme.”
A paisagista observa que alguns condomínios que têm funcionário próprio que faz a rega e funciona bem devem estar atentos quando ele sai de férias: “Já vi casos em que, em um mês, o funcionário que substituiu o que estava ausente conseguiu acabar com os jardins em poucos dias. Por isso acredito que o investimento feito merece uma manutenção profissional – que é o que vai garantir o sucesso do projeto.”
Truques para montar e manter sempre lindo um jardim vertical começam em seu planejamento e no material usado. Katia só investiu de verdade nessa tendência quando descobriu as bolsas vivas. “Esse é o sistema que, para mim, realmente dá certo. São recipientes feitos de material reciclável de PET e que é o que melhor funciona.”
As bolsas vivas foram usadas no projeto do Condomínio Port Grimaud, que, aliás, tem mais de um jardim vertical e contrata a manutenção mensal da Katia Neves Paisagismo para cuidar dos belíssimos jardins. O administrador João Luiz Aguiar, que trabalha nesse condomínio desde o início da década de 1990, fala com propriedade: “Cada profissional entende de sua área, por isso recomendo sempre a contratação especializada para qualquer tipo de manutenção.”
Nesse condomínio, o amor aos jardins verticais começou quando eles decidiram esconder o gerador do condomínio: “Criamos um espaço no térreo para esconder o equipamento e, para isso, contratamos a Katia, que já fazia a manutenção dos jardins do condomínio. Ficou ótimo! Logo depois, fizemos outra parede na entrada da garagem, para deixar o ambiente mais leve. Ficou maravilhoso”, elogia.
Conselho e síndico bateram o martelo para as iniciativas e em menos de uma semana estava pronto, e os moradores gostaram muito. “Recebemos muitos elogios. E não abrimos mão da manutenção mensal, mesmo com sistema automático de irrigação. Se investimos num projeto desse porte, ele deve ser tratado por quem conhece o assunto. Temos um jardim grande e ele merece os cuidados de um paisagista. Ele que conhece cada planta, a atenção de que ela precisa, se é de sol, de sombra, se resiste ao vento… Não tem lugar para improvisar nem com isso nem com nada do condomínio, senão fica mais caro”, sentencia João Luiz.
A arquiteta Cecília percebeu a forte tendência dos jardins verticais, pois muitos de seus clientes solicitam esse recurso em seus projetos, porém, alguns desafios são determinantes para fazer escolhas: “Certos ambientes internos, com pouquíssima luminosidade, pedem plantas artificiais, que, aliás, também não são tão baratas. Há clientes que sabem que não têm disciplina para cuidar das plantas e que não têm mão nem para cuidar de cactos. Esses realmente precisam de jardins artificiais”, se diverte.
Cecília conclui lembrando de outro costume que foi moda há anos, mas que não deu certo, e dá o recado: “Colocar lâmpadas coloridas no jardim foi uma febre, mas isso não valoriza o espaço, muito pelo contrário, passa até o aspecto de planta malcuidada. Não recomendo de jeito nenhum.”
Serviço
Katia Neves Jardins
(21) 98191-4972 (zap)/98677-0701 (WhatsApp)
katianevesjardins.com
Leles Arquitetura e Produtos
(21) 2512-9660/98142-1815
lelesarquitetura.com.br
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