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Revista Condomínio Etc.

Manutenção e reforma do PC de luz

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Responsabilidade e segurança para o seu condomínio

A modernização do quadro de comando de luz, conhecido como PC de luz, é uma necessidade que muitos condomínios enfrentam à medida que suas instalações elétricas envelhecem e se tornam obsoletas. No entanto, reformar ou trocar o PC de luz exige não apenas atenção, mas também responsabilidade. A escolha de uma empresa qualificada para realizar esse serviço é fundamental, pois um trabalho mal executado pode não só prejudicar o funcionamento elétrico do condomínio, mas também representar sérios riscos, como curtos-circuitos e incêndios.

Nesta matéria exclusiva da Condomínio etc., destacamos a importância de os síndicos monitorarem regularmente o estado dos PCs de luz e a necessidade de contratar empresas com boas referências e histórico comprovado. Manter a segurança do condomínio passa por decisões responsáveis na hora de modernizar suas instalações elétricas, evitando problemas futuros e assegurando o bem-estar de todos.

Renata Rangel, da Eletro Palma, que atua no mercado desde 2013, orienta: “Verificar as referências comerciais, certificar-se de como foi a execução em outros lugares e se o serviço foi entregue conforme o contrato. Além disso, é essencial conferir se a empresa é credenciada no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ) e consultar os órgãos de proteção ao crédito sobre a idoneidade financeira dela.”

A modernização do quadro elétrico em condomínios é essencial para garantir a segurança e evitar riscos de incêndio. Renata Rangel ressalta a importância de um sistema atualizado: “A modernização, adequação ou reforma no PC de luz do condomínio, regularizada com projeto aprovado pela a concessionária, trará o sistema de proteção elétrica adequado às necessidades do condomínio. Os painéis hoje utilizados são blindados e já vêm com disjuntores termomagnéticos, que protegem a distribuição elétrica geral e parcial, conforme o projeto, respeitando o limite de carga da concessionária.” Segundo Renata, isso garante que “o condomínio fique coberto pela seguradora por estar obedecendo às normas atuais, e os moradores poderão usufruir da carga necessária com segurança”. Ela também alerta que os moradores devem contratar profissionais especializados para realizar o aumento de carga individual, adaptando os cabos alimentadores entre o PC de luz do edifício e o quadro elétrico do apartamento.

Outro ponto crucial para a segurança de um condomínio é saber identificar o momento certo para substituir um quadro elétrico antigo. Renata Rangel, da Eletro Palma, explica que há alguns sinais claros de que uma atualização é necessária: “Podemos identificar a hora de substituí-lo quando o sistema de proteção for de fusíveis em vez de disjuntores; quando ocorre aquecimento excessivo nos cabos e no quadro elétrico; quando disjuntores ou fusíveis desarmam ou queimam frequentemente; e sobretudo quando o quadro for de madeira.” Ela ainda recomenda ainda que os síndicos, ao assumirem a administração, contratem um engenheiro para realizar o Laudo Técnico de Autovistoria, pois “nem sempre é possível perceber problemas na rede elétrica. Esse laudo é fundamental para regularizar as instalações do condomínio de forma preventiva ou poderá ser tarde demais”.

Além disso, os quadros elétricos modernos trazem inovações importantes em termos de segurança. Renata destaca que “hoje são utilizados disjuntores do tipo DIN, que possuem maior sensibilidade e desarmam assim que atingem o limite de sua capacidade. Também são usados cabos antichama, sistemas de eletroboia em PCs localizados no subsolo, botoeiras de acionamento próximas à portaria, sistemas de aterramento e painéis com proteção adequada, sem a exposição de cabos e barramentos energizados”.

No entanto, a substituição de um quadro elétrico em um condomínio habitado traz desafios. “Uma das principais dificuldades é a necessidade de desligar a energia do prédio em alguns momentos, o que pode impactar os moradores, especialmente agora que muitos estão em home office depois da pandemia”, explica Renata. Por isso, é essencial fazer um estudo detalhado das particularidades de cada condomínio para minimizar os transtornos e garantir uma instalação eficiente e segura.

Lucas Mello, coordenador de Vendas da Eletricca Engenharia, Serviços e Comércio Especializado, empresa atuante no mercado desde 2020, compartilhou importantes informações sobre o impacto da modernização de quadros elétricos em condomínios. Segundo ele, “investir em uma reforma da central elétrica de medição e proteção pode ter impactos significativos tanto na eficiência energética quanto na segurança dos moradores”. Ele explica que, quando projetado de forma correta, o quadro possibilita a utilização de equipamentos com maior carga e em diferentes tensões, além de substituir dispositivos obsoletos por itens mais modernos e sensíveis, proporcionando maior proteção conforme a necessidade do morador.

O processo de avaliação e substituição de quadros elétricos antigos começa com uma inspeção técnica. Lucas destaca que “isso envolve verificar se o painel elétrico existente pode lidar com as demandas atuais e se está em conformidade com a regulamentação vigente da Light e da ABNT”. Se necessário, é desenvolvido um projeto elétrico que passa por análise técnica, seguido da fabricação dos quadros de proteção e medição. “A instalação deve ser feita apenas por empresas e profissionais certificados pelo Crea”, acrescenta.

Sobre o tempo de instalação, Lucas informa que “o processo pode variar de algumas horas a dias, dependendo da complexidade do sistema e da quantidade de medidores”. Ele confirma que será preciso interromper temporariamente o fornecimento de energia, mas “essa interrupção é planejada para minimizar o impacto na rotina dos moradores”. Além disso, ele ressalta a importância de se seguirem rigorosamente as normas de segurança e obedecer à regulamentação, como a “RECON-BT da concessionária Light, a NBR 5.410, que trata das instalações elétricas de baixa tensão, e a NR-10, que estabelece requisitos de segurança para serviços relacionados com a eletricidade”. O projeto deve ser elaborado por um engenheiro eletricista registrado no Crea, conforme recomendado.

Ignorar a manutenção ou substituição de quadros elétricos antigos pode trazer graves consequências. “Falhas podem gerar riscos de incêndio por causa de sobrecargas, choques elétricos fatais e erros no fornecimento de energia, além de danos a equipamentos eletrônicos”. Lucas também alerta que a não conformidade com as normas de segurança pode resultar em multas e problemas legais para o condomínio.

Marco Lopez, síndico do Condomínio Varanda das Rosas, na zona oeste do Rio de Janeiro, há cinco anos, compartilhou sua experiência com a reforma elétrica quase total do prédio, que conta com um bloco e 252 unidades. Ele destacou que as motivações principais para a obra foram a segurança e a necessidade de adequação às normas da Light. Embora o condomínio não tenha passado por nenhum incidente grave, Marco enfatizou que é sempre importante estar atualizado com as exigências das concessionárias: “Acredito que é necessário se atualizar e adequar perante as novas normas da Light ou de qualquer outra concessionária.”

A reforma abrangeu diversas áreas do prédio. Ele afirma que, “o prédio quase todo foi reformado na minha gestão: fachada, guarita, quadra de tênis, quadra poliesportiva, terraço, área de serviço, banheiros, quadro elétrico dos andares e também o PC de energia do prédio, garagem, troca de todo o piso da área externa, academia e até o projeto paisagístico”.

Sobre os desafios durante o processo de reforma elétrica, Marco relatou que a principal dificuldade foi coordenar o desligamento do PC de luz sem causar grandes transtornos para os moradores, mas afirmou que a maioria foi muito compreensiva. “Contratamos uma empresa altamente qualificada, e o único desafio foi equalizar o desligamento do PC de luz com os moradores, que, em sua grande maioria, foi muito compreensível.”

Para garantir a segurança e a tranquilidade dos condôminos durante a obra, ele mencionou que medidas preventivas foram adotadas: “Mandávamos circulares avisando em qual andar seria feito, e toda a área que era trabalhada era interditada.” Além disso, Marco incentivou os moradores a modernizarem a parte elétrica de suas unidades, enfatizando a questão da segurança: “Sempre falamos da importância da modernização, não só como uma questão de segurança para o prédio, mas também para os próprios moradores.”

O processo de escolha da empresa responsável foi realizado com cuidado. Ele explicou que fez uma licitação com várias empresas, e a Eletro Palma foi eleita não apenas pelo preço, mas pela competência técnica: “A Eletro Palma se destacou não só em termos financeiros, mas também por sua técnica e competência.”

Quanto ao impacto financeiro, Marco revelou que o condomínio já tinha uma reserva destinada ao projeto, o que facilitou a gestão dos custos da reforma.

 

Título: Tudo o que você precisa saber sobre coberturas contra incêndio

Entrevista com Marlos Rosalvos, gerente da Cipa Corretora de Seguros

Para esclarecermos nossos leitores a respeito de coberturas contra incêndio, convidamos o gerente da Cipa Corretora de Seguros, Marlon Rosalvos, para responder algumas perguntas sobre seguros contra incêndio. Confira: 

 

Revista Condomínio etc. – Cobertura do Seguro: Quais são as coberturas oferecidas pelo seguro contra incêndio em condomínios? O que está incluído e o que não está?

Marlon Rosalvos – O seguro contra incêndio em condomínios geralmente cobre danos causados por fogo, explosões e fumaça nas áreas comuns do edifício. Isso inclui a estrutura do prédio, como fundações, paredes, telhado e instalações elétricas e hidráulicas. Algumas apólices podem incluir coberturas adicionais, como danos causados por raios e queda de aeronaves, entre outros eventos.

Exclusões comuns: danos intencionais ou causados por dolo ou negligência grave, danos ocorridos fora do período de vigência do seguro, danos a bens pessoais dentro das unidades, exceto se contratada cobertura acessória para esse fim.

 

Cetc. – Valor da Apólice: Como é determinado o valor da apólice para cobertura de incêndio? Existe um valor mínimo ou máximo para condomínios?

MR – Não há um valor mínimo ou máximo fixo, pois o preço dependerá de alguns fatores, como tamanho, localização e características do condomínio e o padrão dos materiais utilizados (por exemplo, revestimentos/acabamentos etc.). A composição do valor levará em conta o treço de reconstrução do edifício, do material e da mão de obra, considerando a hipótese de destruição total.

 

Cetc. – Responsabilidade: Em caso de incêndio, quem é responsável pela indenização, o condomínio ou os condôminos individualmente?

MR – A responsabilidade de indenização em casos de sinistro (cobertos/garantidos) é da seguradora que assumiu o risco depois da devida contratação do seguro do condomínio, cuja responsabilidade de contratar é do síndico.

 

Cetc. – Prevenção e Requisitos: O seguro exige algum tipo de equipamento ou medida de segurança específica no condomínio (como extintores, sprinklers, saídas de emergência)?

MR – Sim, depois da realização da vistoria, com vistas a diminuir a exposição ao risco, algumas medidas preventivas e/ou corretivas poderão ser indicadas e exigidas pelas seguradoras, por exemplo, a instalação de extintores, sprinklers, saídas de emergência devidamente sinalizadas e sistemas de alarme contra incêndio. Em alguns casos, a falta de cumprimento dessas recomendações/exigências poderá influenciar a aceitação do risco pela seguradora.

 

Cetc. – Cobertura de Bens Comuns e Privados: O seguro cobre apenas as áreas comuns ou também as áreas privativas dos condôminos?

MR – Como regra geral, bens pessoais dentro das unidades não são cobertos pelo seguro do condomínio. O seguro de condomínio garante toda a estrutura do condomínio e as áreas comuns. Porém, por meio de contratação de cobertura adicional, poderá haver cobertura das áreas privativas dos condôminos.

O ideal seria que cada condômino contratasse seu seguro residencial individualmente, adequando as coberturas às suas necessidades.

 

Cetc. – Processo de Indenização: Como funciona o processo de indenização em caso de sinistro? Quais são os prazos e documentos necessários?

MR – Em caso de ocorrência de sinistro, procure seu corretor para auxiliá-lo do início ao fim do processo:

  • Notificação do sinistro à seguradora;
  • Juntada de documentos e/ou evidências necessárias;
  • A seguradora enviará um perito, se necessário, para a avaliação dos danos e a comprovação do nexo causal;
  • Depois da avaliação dos prejuízos e os respectivos orçamentos, a seguradora vai ter determinado o valor da indenização.

 

Obs.: a agilidade na solução dos sinistros estará diretamente ligada à complexidade do evento e à análise comprobatória das evidências e dos relatos apresentados, mas a seguradora tem um prazo legal de 30 dias para efetuar o pagamento depois da entrega de todos os documentos necessários.

 

Cetc. – Despesas Adicionais: O seguro cobre despesas como hospedagem temporária dos moradores em caso de danos severos?

MR – Algumas apólices podem oferecer cobertura para despesas de hospedagem temporária caso os danos sejam tão severos que tornem o edifício inabitável.

 

Cetc. – Variação de Prêmio: O prêmio do seguro pode variar dependendo da localização do condomínio ou do histórico de sinistros?

MR – Sim. O prêmio do seguro pode ser modificado a depender de vários fatores, entre eles:

  • Histórico de sinistros;
  • Características do prédio;
  • Tipo de material empregado na construção do prédio (por exemplo, qualidade/acabamentos…);
  • Localização do condomínio.

 

Cetc. – Renovação e Ajustes: Como funciona a renovação do seguro?

MR – Embora tenha-se o conceito de renovação automática enraizado no mercado, é de extrema importância revisar, todos os anos, com o auxílio de um corretor especializado e experiente, todas as coberturas e adequá-las às mudanças ocorridas ou adaptá-las às novas necessidades e rotina do condomínio.

Deve-se evitar o famoso “copia e cola” das apólices anteriores, porque, desse modo, é possível que se esteja repetindo inadequações, por meio de coberturas desnecessárias, coberturas hiper-estimadas ou subestimadas.

 

Cetc. – Exclusões e Limitações: Quais são as exclusões e limitações do seguro contra incêndio? Existem situações específicas em que a cobertura não se aplica?

MR – As exclusões comuns incluem danos causados intencionalmente, atos de guerra, terrorismo e/ou negligência grave. No momento da renovação, os síndicos devem reservar um tempo para sanar as suas dúvidas e tomar conhecimento das exclusões gerais e específicas. Daí a importância de contar com uma especialista, como a Cipa Corretora de Seguros, na hora de contratar o seguro do seu condomínio.

 

Serviço:

Eletricca Engenharia, Serviços e Comércio Especializado
eletricca.com.br
(21) 2042-0297/96479-3124
@eletricca

Eletro Palma
eletropalma.com.br
(21) 96468-9227/3100-0057/4106-3871
@Eletro Palmarj

 

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