A um mês da Olimpíada, o Rio entra também na contagem regressiva para a entrada em operação de novos sistemas de transporte. Estão em fase final de construção o lote zero do BRT Transoeste (Jardim Oceânico-Parque Olímpico), o BRT Transolímpico (no trecho Magalhães Bastos-Recreio) e a Linha 4 do Metrô (Barra-Zona Sul, exceto estação da Gávea).
Tanto os BRTs quanto a nova linha de metrô receberão usuários a partir do dia 1 de agosto, mas, inicialmente, com acesso restrito à família olímpica e ao público do evento. No caso dos BRTs, a abertura para toda a população está marcada para o dia 25 de agosto. Em relação à Linha 4, a previsão é setembro.
Para o público dos Jogos, está à venda o Riocard Olímpico, válido para um dia (R$ 25), três dias (R$ 70) ou sete dias (R$ 160), que permitirá viagens no VLT, no metrô, em ônibus e trens. Os passes são acompanhados de um mapa que mostra todo os sistemas de transporte público da cidade interligados.
Com o início da operação da ligação metroviária Zona Sul-Barra, o tempo de viagem até o Parque Olímpico da Barra da Tijuca (conectado ao lote zero do BRT Transoeste) vai levar no máximo 1h40m – tempo previsto para o passageiro que embarcar na Pavuna, última estação da Linha 2.
A partir da Central do Brasil, o tempo estimado é de 54 minutos, enquanto para quem for sair da estação do metrô Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, é de 33 minutos. Nos cálculos, não está incluído o tempo de espera em conexões.
Caso o usuário opte por ir de trem para o Estádio Olímpico, o tempo estimado de viagem nos trens da Supervia é de cerca de 20 minutos – entre a Central do Brasil e o Engenho de Dentro. Se o destino for o Parque Olímpico de Deodoro, também a partir da Central, o tempo é de 40 minutos.
APLICATIVO FACILITARÁ DESLOCAMENTOS
O tempo gasto nos deslocamentos já pode ser consultado por meio de um aplicativo que promete facilitar a vida do público durante o evento. Pelo moovit, disponível no site Cidade Olímpica, é possível escolher o melhor roteiro: a ferramenta faz simulações usando diferentes tipos de transporte. Assim que a Linha 4 e os dois novos BRTs começarem a operar, o moovit passará a aplicar os modais no cálculo das viagens.
O aplicativo não beneficia apenas quem tem ingresso: todos os usuários podem baixá-lo. Sobre os passes especiais, eles só podem ser comprados pelo site do Riocard (cartaojogos.riocard.com/#/
A partir do dia 15, haverá pontos de venda físicos desses cartões, como nas estações de BRT. Encomendas pela internet são aceitas apenas para endereços no Brasil. No caso de estrangeiros, eles devem indicar um local de entrega na cidade.
Até agora, já foram comercializados 4,3 mil cartões, sendo que 10% foram pedidos vindos da Rússia, Japão, Israel, Estados Unidos e países da Europa e América do Sul.
Na Linha 4 do metrô, as obras no trecho olímpico (estações Jardim Oceânico, São Conrado, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) terminam no próximo dia 15. Até o dia 31 deste mês, o sistema entra em fase de testes, etapa que o secretário estadual de Transportes, Rodrigo Vieira, define como marcha branca. O serviço começa a ser utilizado pelos portadores do Riocard Olímpico em 1 de agosto. Na fase de marcha branca, os trens vão rodar vazios, mas como se estivessem com passageiros – explicou o secretário.
Entre os dias 1 e 4 de agosto, a Linha 4 vai funcionar das 6 às 23h. Do dia 5 ao dia 21 de agosto, as estações vão estar abertas das 6h à 1h nos dias úteis e das 7h à 1h nos finais de semana. Haverá horários especiais para delegações e público da Paralimpíada (de 7 a 18 de setembro).
No dia 19 de setembro, começa a operação para o público em geral. Ela vai acontecer de forma gradual. Inicialmente, será das 11h às 15h. Até o fim do ano, a Linha 4 funcionará nos mesmos horários que as linhas 1 e 2 – disse Vieira.
A conclusão das obras da Linha 4, do VLT e dos BRTs Transolímpico e Transoeste começa a consolidar um sistema integrado de transportes de massa na cidade. Em 2009, quando o Rio ganhou o direito de organizar a Olimpíada, apenas 16% da população eram transportados por algum sistema de alta capacidade.
Com a entrada em operação dos novos modais, esse percentual deve chegar a pouco mais de 50%. Com o BRT Transbrasil (Deodoro-Caju), previsto para 2017, o índice deve chegar a 63%.
Fonte: O Globo
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