Famílias menores, com poucos ou nenhum filho, divórcios (e recomeços), pais com filhos adultos seguindo seu rumo e uma população idosa crescente – 18,7% do total dos moradores no estado em 2016, segundo o IBGE. Tudo isso tem levado ao aumento da procura por imóveis de um quarto no Rio.
As novas configurações nos lares dos cariocas não só têm movimentando e reformulado o atual mercado imobiliário, como também têm sido encarado positivamente pelas construtoras, que veem uma chance de reaquecimento.
Um estudo mostra que, de janeiro a outubro deste ano, na comparação com igual período de 2016, a busca por compras cresceu 11%, enquanto a locação se manteve estável. Já no Brasil, respectivamente, os índices subiram 13% e 8%. Mudanças como essa ilustram um novo momento para o mercado imobiliário, principalmente pelas pessoas interessadas em ter mobilidade.
O presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Claudio Hermolin, ressalta que a contrapartida do tamanho é a localização, de preferência próximo a grandes centros comerciais e com serviços e opções de transporte abundantes.
– Percebemos várias mudanças no comportamento do jovem e uma delas é que ele não quer um imóvel grande para morar ou um investimento de custo e demanda alta. O tamanho não importa mais do que a qualidade de vida – diz Hermolin.
O perfil de quem opta por estas unidades varia muito e passa por praticamente todas as fases de qualquer morador – de estudantes e jovens começando a vida adulta a quem se divorciou, ainda não teve o primeiro filho, ou que já saiu de casa. E, ainda, a terceira idade. A palavra de ordem, entretanto, é uma só: praticidade.
Só a lei impede ‘apertamentos’
A MDL Realty lançou, em março, o Urban Boutique Apartments, na Lapa, no formato que vem executando em outras cidades, como São Paulo. São 110 unidades, sendo 70% com um quarto.
– Trouxemos para o Rio o que temos vivido em São Paulo, onde as pessoas preferem morar em lugares menores e estar próximas do trabalho – diz Fernando Trotta, coordenador comercial da empresa nas duas capitais.
O diretor da Avanço Realizações Imobiliárias, Sanderson Fernandes, pondera que prefere investir em empreendimentos mistos, com opções de dois e três quartos. Por exemplo: no ano que vai começar, Olaria deve receber um empreendimento com esse perfil.
– Vale a pena mesclar as duas tipologias: assim, você consegue atingir públicos diferentes e garantir maior liquidez no projeto – afirma Tanit Galdeano, da Tao Empreendimentos, que lançou dois empreendimentos com opção de um quarto, o Faces Penha, em 2014, e o Casa Carioca, na Vila da Penha, no ano seguinte.
Se por um lado há demanda por unidades de um quarto e público para pagar por elas, por outro as incorporadoras desejam fazer imóveis ainda menores, mas são contidas pela lei.
É que a legislação do município determina o tamanho mínimo de área útil por bairro – em torno de 60m² -, o que nem sempre torna vantajosa a construção de um quarto e sala.
Fonte: Extra
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