Elevadores antigos podem parecer funcionais à primeira vista, mas escondem riscos que podem comprometer a segurança, o conforto e o bolso dos moradores. Equipamentos obsoletos estão mais sujeitos a falhas mecânicas, maior consumo de energia e falta de compatibilidade com normas técnicas atualizadas. Além disso, com o tempo, peças de reposição tornam-se escassas e caras, dificultando manutenções.
A modernização de elevadores não é apenas uma questão de estética ou de comodidade, mas uma necessidade para garantir a segurança de todos os usuários e evitar prejuízos maiores no futuro. Substituir ou atualizar sistemas antigos pode trazer vantagens significativas, como maior eficiência energética, valorização do imóvel e redução de custos com manutenção emergencial.
Investir na reforma de elevadores é investir em tranquilidade e qualidade de vida para o condomínio. Afinal, ninguém quer correr riscos com equipamentos que são usados diariamente e que transportam o bem mais precioso de um condomínio: seus moradores.
O engenheiro Leandro Feltrim, da TB Rio Elevadores, explica como esse processo pode beneficiar os condomínios e os cuidados necessários para garantir um projeto bem-sucedido. “A modernização pode impactar significativamente o valor de mercado das unidades do condomínio. O elevador é o principal ativo do condomínio e um grande cartão de visitas. Dependendo do tipo de modernização e do mercado local, estima-se uma valorização de até 10% do imóvel”, afirma Feltrim.
Quando os equipamentos começam a apresentar paralisações constantes ou a reposição de peças se torna difícil, é sinal de que chegou a hora de modernizar. Porém, antes de iniciar a reforma, o condomínio deve garantir que a parte elétrica esteja em conformidade. “É essencial seguir normas como a ABNT NBR 5.410, especialmente no aterramento, que protege os componentes elétricos. A atualização da chave geral também é recomendada, conforme a Norma ABNT NBR 16.858.”
Além da segurança, a modernização traz benefícios financeiros. “O consumo de energia de um elevador pode representar de 5% a 10% do valor total da conta do condomínio. Com a modernização, é possível reduzir esse consumo em até 40%”, destaca o engenheiro. Entretanto, é importante que o sistema elétrico esteja preparado para evitar curtos-circuitos, sobrecargas e outros problemas que podem até mesmo inviabilizar a cobertura de seguros em caso de sinistro.
Entre as adaptações elétricas mais comuns durante as reformas estão a atualização da chave geral, adequação dos cabos elétricos e adição de dispositivos de proteção, como DPS e DR. Feltrim também lembra que, embora não haja uma certificação específica para a parte elétrica depois da modernização, os elevadores devem estar em conformidade com o Relatório de Inspeção Anual (RIA), enviado à Prefeitura.
As vantagens da modernização vão além da estética. “Melhoria na segurança, conforto durante as viagens e redução de energia são os principais benefícios. O mercado de elevadores evoluiu muito e oferece soluções como visores LCD, resgate automático em caso de falta de energia e monitoramento remoto pela internet.”
Quanto ao planejamento financeiro, Feltrim orienta: “O síndico deve avaliar o custo dos reparos recorrentes, que podem ser mais altos do que uma modernização programada. Nós facilitamos o pagamento em até 48 parcelas para atender às necessidades do condomínio.”
Por fim, Feltrim alerta que, em alguns casos, o custo de modernizar pode ser superior ao de adquirir um novo elevador. “Depende do escopo da modernização. Recentemente, concluímos uma obra em um elevador parado há 25 anos em que rejuvenescemos o motor e revitalizamos a máquina de tração, o que trouxe o equipamento de volta ao funcionamento perfeito.”
Investir na modernização dos elevadores é um passo essencial para garantir a segurança, valorizar o patrimônio e oferecer maior qualidade de vida aos moradores.
Estratégia de segurança, funcionalidade e valorização patrimonial
A síndica profissional Márcia Montalvão, da Sidmar Gestão Condominial, compartilhou com a revista Condomínio etc. sua experiência na reforma de elevadores, um projeto que traz benefícios que vão além da estética, promovendo segurança, eficiência e valorização patrimonial. Fundada em 2010, a Sidmar, atualmente, administra 30 condomínios entre residenciais, comerciais, mistos e flats no Rio de Janeiro. Márcia já conduziu reformas de elevadores em vários desses empreendimentos. Além de síndica, ela é consultora, mentora, palestrante nacional e ministra cursos de especialização e pós-graduação.
Quando questionada sobre o que motivou a decisão pela reforma, Márcia destacou os principais fatores envolvidos: “Sugerimos a modernização e/ou o embelezamento em condomínios para maior conforto, melhoria da funcionalidade e estética, visando à valorização patrimonial, além da economia de energia. A segurança é nossa principal chave de valor e, por isso, mantemos os equipamentos revisados em qualquer estágio.”
Sobre as etapas do processo de reforma, Márcia explicou como a Sidmar conduz o planejamento e a execução: “A sugestão normalmente é levada ao conselho e/ou aos condôminos em reuniões informais, como o Sindmar Meeting, em que abordamos os benefícios de acordo com nossa experiência de mercado. Havendo aceitação, elaboramos um escopo e fazemos a cotação, que é deliberada em assembleia, com o modelo a ser executado escolhido pela maioria. A execução é realizada em conformidade com o cronograma disponibilizado previamente, e normalmente não temos problemas.”
Os resultados, segundo a síndica, são muito bem recebidos pelos moradores: “Certamente, ficaram satisfeitos com o resultado, pois melhora o conforto e gera valorização patrimonial, demonstrada pelo aumento dos valores de venda e dos aluguéis em torno de 15%.”
A reforma dos elevadores também trouxe benefícios mensuráveis em termos de economia: “Sim, tivemos uma redução no consumo de energia em torno de 10%, e os custos de manutenção também diminuíram.”
Para outros síndicos que cogitam modernizar os elevadores de seus condomínios, Márcia reforça que o investimento vale a pena e compartilha algumas dicas valiosas: “Certamente, vale a pena a modernização dos elevadores. Aconselho os interessados a procurar empresas sérias que atuam no mercado, assim como resolver o escopo, entender e comparar, de forma adequada, as propostas apresentadas e verificar as referências, além de buscar orientação jurídica em relação ao contrato.”
Por fim, Márcia, que já contratou a TB Rio Elevadores para diversas reformas de seus clientes, ressalta como faz a escolha das empresas responsáveis: “A escolha é sempre baseada no conhecimento prévio de empresas do mercado e no atendimento de excelência constante nos contratos ativos. Também levamos em consideração a equalização das propostas e as referências de experiências anteriores.”
A experiência de Márcia Montalvão, à frente da Sidmar Gestão Condominial e com um histórico de reformas bem-sucedidas em diversos condomínios, exemplifica como uma gestão eficiente e um planejamento cuidadoso podem transformar reformas de elevadores em uma estratégia de segurança, funcionalidade e valorização patrimonial, beneficiando todo o condomínio.
Veja o que os seguros de condomínio garantem ou não
O gerente da Cipa Seguros, Marlon Rosalvos, esclarece os leitores de nossa revista sobre as coberturas de seguros. Segundo ele, a cobertura de danos elétricos no seguro de condomínio protege contra danos causados a instalações elétricas, equipamentos e aparelhos por conta de eventos como curtos-circuitos, sobrecarga de energia, variações de tensão e até mesmo queda de raios. No entanto, essa cobertura possui algumas restrições e exclusões. Veja:
Desgaste ou manutenção inadequada
Danos decorrentes de falhas ou falta de manutenção preventiva das instalações elétricas ou dos equipamentos não são cobertos. Isso inclui situações de deterioração natural por causa do uso ou do tempo.
Equipamentos obsoletos ou com mau uso
Equipamentos fora de uso, obsoletos ou que tenham sido utilizados fora das especificações do fabricante podem ter a cobertura negada.
Pane mecânica sem relação com a elétrica
Danos exclusivamente mecânicos, como falha no motor de um elevador sem envolvimento com questões elétricas, normalmente não são cobertos.
Danos preexistentes
Danos ocorridos antes da contratação do seguro não estão cobertos.
Eventos não previstos
Alguns tipos de danos elétricos causados por fenômenos naturais ou externos, como inundação ou terremoto, podem ser excluídos, dependendo da apólice.
Problemas decorrentes de instalações irregulares
Instalações elétricas feitas de forma irregular, sem seguir as normas técnicas ou o regulamento local, podem invalidar a cobertura.
Responsabilidade do fabricante
Danos que poderiam ser reclamados ao fabricante do equipamento por estarem dentro do prazo de garantia são, geralmente, excluídos.
Eventos dolosos
Danos causados intencionalmente, seja por funcionários, seja por moradores, não são cobertos.
Serviço:
TB Rio Elevadores
(21) 2501-0742
www.tbrioelevadores.com.br
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