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Nova saída para a Ponte

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Um viaduto da Ponte Rio-Niterói à Linha Vermelha, na altura do Caju, começa a ser erguido em janeiro e deve ficar pronto em 18 meses. Aquela fila de veículos deixando a Ponte Rio-Niterói e se entrelaçando com outros carros na Avenida Brasil para ter acesso à Linha Vermelha, no Caju, está com os dias contados. As obras de construção de uma alça viária ligando as duas vias estão programadas para começar em janeiro e devem terminar em junho de 2019. O projeto prevê um viaduto com 2.500 metros de extensão saindo da Ponte, na altura do pórtico 3 da Reta do Cais. Com altura variando de 5,5 metros a 12 metros, ele passará sobre a linha férrea do Porto do Rio, cobrirá parte do terreno do Arsenal de Guerra, vai beirar o Cemitério São Francisco Xavier e a Favela Parque Alegria e passará sobre a Rua Carlos Seixas, no Caju, até chegar à Linha Vermelha. Serão duas faixas de rolamento, cada uma com 3,5 metros de largura em sentido único, que deverão aliviar o trânsito na saída da Ponte e no trecho da Avenida Brasil, na altura do Caju.

Será a maior obra na Ponte desde a sua inauguração, há quase 45 anos. A alça chegará à Linha Vermelha na altura do quilômetro 3, ao lado de uma fábrica de concreto às margens da via, a cerca de um quilômetro do atual acesso para quem sai da Avenida Brasil, próximo ao Parque Alegria, no Caju. A expectativa da Ecoponte, concessionária que administra a Rio-Niterói, responsável pela obra, é que a construção beneficie 20% dos cerca de 75 mil motoristas que usam a Ponte em direção ao Rio diariamente. Isso significa dizer que aproximadamente 15 mil veículos deixarão de utilizar um pequeno, mas tumultuado, trecho da Avenida Brasil, no Caju, para acessar a Linha Vermelha.

OUTRA VIA PARA TRANSPORTE DE CARGA

Ao mesmo tempo, a Ecoponte iniciará a construção de um outro viaduto que partirá do Cais do Porto, sob a Reta do Cais, e seguirá junto à alça de ligação com a Linha Vermelha, passará sobre a via expressa e irá desembocar na Avenida Brasil, cobrindo parte da Rua Prefeito Júlio de Moraes Coutinho, na altura de Manguinhos. Trata-se da Avenida Portuária, que terá 3.200 metros em mão dupla e será exclusiva para caminhões de que operam na região do porto. Hoje, para chegar ao cais, as carretas precisam usar a Avenida Brasil, passar em frente ao Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Caju, e fazer o retorno à esquerda. Essa obra tirará de circulação da Avenida Brasil, segundo estimativas da Ecoponte, cerca de 2.600 mil veículos de carga por dia.

As duas obras estão previstas no contrato de concessão da Ecoponte, que teve início em junho de 2015. Segundo o diretor superintendente da concessionária, Alberto Lodi, as duas empreitadas custarão R$ 450 milhões, valor que será integralmente pago pela empresa, ainda de acordo com ele. Os viadutos terão assistência da concessionária e câmeras de monitoramento.

Lodi conta que a Ecoponte teve a preocupação de mudar o antigo traçado da alça viária, que constava do projeto elaborado pela concessionária anterior, por causa dos impactos socioambientais que produziria. Cerca de 2.000 equipamentos mortuários, como gavetas, nichos e túmulos, seriam retirados do Cemitério do Caju, que teria parte de seu terreno desapropriado para a obra. Pelo atual traçado, o viaduto seguirá margeando o muro na parte dos fundos do terreno.

Além disso, aproximadamente 300 imóveis da Favela Parque Alegria também seriam desapropriados e retirados para a passagem do viaduto. O novo projeto, segundo Alberto Lodi, reduziu para sete o número de unidades afetadas. As negociações e indenizações de moradores e comerciantes já estão sendo feitas, de acordo com o diretor superintendente. As desapropriações foram autorizadas por meio de decreto presidencial de 30 de maio deste ano.

– Sempre foi intenção do nosso grupo minimizar impactos socioambientais. Nosso nome, Ecoponte, não é em vão. No antigo projeto, o viaduto passava no meio da comunidade Parque Alegria e cobriria parte do Córrego São João. A desapropriação de 300 imóveis naquela região teria um enorme impacto. Reduzimos de 300 para sete, e isso foi muito importante para nós. Agocarga ra, também, os usuários da Ponte terão mais facilidade no acesso à Linha Vermelha e mais segurança, com mais qualidade de vida – destacou o superintendente da Ecoponte.

Lodi observou que uma obra como essa, em meio ao cenário de crise econômica e desemprego, será boa para o Rio de Janeiro porque vai gerar empregos:

– Todos entendem a importância dessa obra, que vai gerar postos de trabalho e renda. Serão criados 1.500 empregos diretos no pico da obra, e vários outros indiretos.

CONCESSIONÁRIA AGUARDA LICENÇAS

O canteiro de obras deverá ser montado ainda em dezembro deste ano. A concessionária aguarda somente a emissão das licenças da prefeitura do Rio necessárias para o início dos trabalhos. O município criou um grupo para discutir as intervenções na Zona Portuária e um comitê exclusivo para tratar da alça de ligação com a Linha Vermelha.

– É preciso dizer que o prefeito Marcelo Crivella gostou do projeto, deu todo o incentivo e nos ofereceu todo o apoio necessário para que comecemos a obra rapidamente – destacou Lodi.

Ao analisar a maquete eletrônica produzida pela concessionária, Jose de Oliveira Guerra, engenheiro de Transportes e professor da Uerj, percebeu que houve preocupação em economizar custos na obra e disse achar necessário um estudo sobre a viabilidade de se construir um acesso de veículos de vias principais do Caju, como a Rua Carlos Seidl, às duas alças.

– A concepção e o traçado da alça de ligação entre a Ponte Rio-Niterói e a Linha Vermelha/Avenida Brasil, considerados os elementos disponíveis, mostram importante preocupação com a redução dos custos decorrentes de sua implantação. É preciso considerar a necessidade de compatibilizar a circulação viária interna ao bairro do Caju com os acessos à alça, avaliar o desempenho do tráfego nos trechos de transição de duas faixas de tráfego por sentido para uma e zelar pela segurança e integridade física dos usuários, também, no trecho da alça cogitada – ponderou Guerra.

Fonte: O Globo

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