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O “novo normal” afeta o uso dos elevadores e ocasiona manutenções extras

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Como a pandemia impactou os meios de transporte e o que os síndicos devem saber 

O “novo normal” afetou a vida de todos, inclusive no uso do elevador, que se tornou alvo por conta da infecção pelo novo coronavírus. Enquanto alguns condomínios restringem seu uso a viagens com uma pessoa ou apenas familiares, outros apostam em displays de álcool gel para todos os passageiros, contando com o bom senso dos moradores. Além do mais, há que se concordar que o elevador nunca funcionou tanto na vida! E a questão é: por causa disso, houve incremento de sua manutenção?

Antes de entrarmos nessa discussão, é importante saber que houve aumento do uso dos elevadores na pandemia. O síndico Carlos Chayin, à frente do Condomínio Edifício Ravel, localizado na zona norte do Rio de Janeiro, admite acréscimo no consumo de energia. “Mas não houve limitação de pessoas no uso dele. Aqui, sempre existiu noção de todos em relação à quantidade de pessoas nos elevadores. Os moradores respeitam as normas quanto ao uso para que não haja aglomeração”, diz ele, acrescentando que, mesmo assim, não houve grande demanda de manutenção. “Somente um ajuste nas portas e uma peça que foi trocada por desgaste natural. A empresa União faz um excelente trabalho de manutenção e está em constante comunicação com a administração do condomínio”, completa. 

Filipe Quintanilha, engenheiro e gerente de vendas da Villar Elevadores, confirma que houve aumento do uso de elevadores. “Alguns condomínios adotaram a estratégia de limitar em 50% a capacidade da cabina, enquanto outros optaram pelas regras de comportamento, como a não utilização do elevador enquanto houver passageiros em sentido de descida, aguardando a próxima viagem. Esses procedimentos fizeram com que o equipamento tivesse uma quantidade de viagens acima do normal, obrigando as empresas a praticarem medidas preventivas e corretivas diferenciadas, principalmente no que diz respeito à utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de seu corpo técnico, bem como a esclarecimentos sobre limpeza e utilização. As maiores demandas de chamados são para botões danificados, por causa da utilização de dispositivos diversos para efetuar as chamadas, evitando, assim, o contato direto com o botão e as portas de pavimento”, explica.

Por outro lado, Edson Parmejano, da União Elevadores, diz que, no lockdown, quando o comércio ficou paralisado e houve o incremento de pedidos por meio de aplicativos, houve diminuição no uso dos elevadores em prédios comerciais, o que, consequentemente, refletiu nos residenciais. “Isso ocorreu, sobretudo, nos horários de pico. E, por isso, logo no início, desenvolvemos, com base em informações amplamente divulgadas por associações de elevadores e pelos órgãos de saúde, um manual para conscientização em relação a seu uso. Nele, uma das recomendações dizia que, quando não fosse possível utilizar as escadas, fosse utilizado o elevador com uma pessoa por vez, limitando a três pessoas quando da mesma família. Agora, como consequência da flexibilização, houve aumento no uso dos elevadores. Porém, reforçamos as recomendações, pois acreditamos que a saúde dos usuários e colaboradores vem em primeiro lugar”, explica. 

Mário de La Cerda, da Elevadores Elbo, concorda: “Quanto à limitação, indicamos o uso do elevador por membros da mesma família e, dependendo do espaço interno da cabina, orientamos que os usuários fiquem nos vértices dela”, sugere.

Diante de tal cenário, o engenheiro Fábio Aranha, da Infolev Elevadores, diz que fabricantes de equipamentos desenvolveram a “Estratégia Covid”: “Numa situação em que mais de uma família não pode entrar na cabina ao mesmo tempo, não faz sentido que o elevador pare em mais de um andar no caminho de ida ou de volta. Por si só, essa medida garante o cumprimento das novas normas, bem como sua efetividade, economizando o tempo das pessoas e a energia do elevador em eventuais paradas em que ninguém entra. É a lógica do atendimento inteligente idealizada para que se evite o contato das pessoas em tempos de pandemia, protegendo os usuários”, explica.

Portanto, o que realmente preocupa os síndicos é que o aumento tenha causado procura maior pela manutenção dos elevadores. Edson Parmejano, da União Elevadores, confirma ter ocorrido um número maior de chamados. “O problema mais comum está relacionado com o quadro de comando obsoleto, responsável pela troca lógica de informação dos elevadores; em seguida, vem o operador de portas também ultrapassado, que abre e fecha a porta da cabina; e, por fim, os conjuntos fecho/trinco de porta de pavimento para portas de abertura ‘eixo vertical’, quando o usuário puxa a porta para abrir. O recomendável, além de uma boa manutenção preventiva de limpeza e ajustes em todos esses componentes, é apostar em sua modernização”, cita Edson, acrescentando que as portas de eixo devem ser substituídas pelas automatizadas, à medida que as botoeiras sejam trocadas pelas que não necessitem de toque ou pelas situadas no rodapé da cabina, acionadas pelas pontas dos pés. “Essas são algumas das soluções tecnológicas disponíveis e que temos oferecido aos clientes”, adiciona. 

Já Fábio Aranha, da Infolev Elevadores, alerta: “A não realização da conservação preventiva mensal, obrigatória, com certeza aumenta o risco de problemas e até de acidentes. Em razão da pandemia tivemos algumas medidas mais radicais, como proibirem até mesmo a entrada do técnico de manutenção no edifício. Ainda que o risco seja zero, os técnicos são instruídos a adotar as medidas preventivas, e a manutenção praticamente não necessita de contato nem proximidade com outras pessoas do edifício.”. 

Mário de La Cerda, da Elevadores Elbo, indica que, independentemente do aumento do uso do elevador, a manutenção é a mesma. “Uma vez por mês é realizada a manutenção preventiva, que consiste na verificação dos itens de segurança, na lubrificação dos componentes e na limpeza em geral.”

 

Condomínios enfrentam problemas em razão do mau uso das botoeiras dos elevadores

Além da maneira de utilização dos elevadores ter passado por mudanças, alguns problemas foram ocasionados pelo modo de uso das botoeiras, principalmente pela aplicação de álcool e produtos de limpeza da forma equivocada. “Em alguns condomínios, teve problema, sim, pois estava sendo aplicado álcool diretamente nos botões, o que danifica seus componentes internos, podendo até causar incêndio. Com isso, começamos a indicar a instalação de capas protetoras para essas botoeiras”, diz Mário de La Cerda. 

Edson Parmejano conta que, num dos condomínios em que é responsável pela manutenção, houve até princípio de incêndio. “As botoeiras emitem uma luz de led; logo, existe calor e, quando somado ao álcool gel, que é um produto inflamável, existe a possibilidade de ocorrer incêndio. As botoeiras não foram feitas para serem limpas com esse tipo de produto; isso pode acarretar desgaste e mau funcionamento delas com o decorrer do tempo e do uso.” Tal pensamento é complementado por Filipe Quintanilha: “O excesso de produtos de limpeza usados nos botões ocasionou danos, na maioria das vezes irreversíveis, em vários botões de acionamento na cabina e nos pavimentos, gerando curto-circuito na parte eletrônica, com emissão de gases tóxicos na cabina, com chance de causar acidentes graves. Por isso, foram desenvolvidos pelas empresas vários tipos de proteção para botoeiras, bem como acionamentos de chamado no piso, para evitar o contágio.”.

Para evitar esse tipo de problema, Fábio Aranha sugere que, a cada duas horas ou dependendo do fluxo de pessoas, seja efetuada a higienização do interior da cabina. “Deve haver cuidado para não aplicar diretamente o produto sobre peças como botões, visores, indicadores de posição, subteto etc. O produto de higienização pode atacar peças de acrílico e plástico. O correto é umedecer um pano limpo com o produto e passar suavemente sobre as partes do elevador. Produtos abrasivos e esponjas de aço não devem ser utilizados para não riscar os componentes. E muito cuidado para que o excesso de álcool não escorra para dentro dos circuitos elétricos”, adverte. 

Felizmente, no condomínio do síndico Carlos Chayin nada disso aconteceu. “Nossos colaboradores são orientados pela administração para que os elevadores sejam limpos de acordo com as diretrizes dadas. Nossos dois elevadores são forrados com material de aço escovado e temos o cuidado para que sejam higienizados com panos limpos, quase secos, e, depois, usamos vaselina líquida misturada com álcool líquido. E nas botoeiras fazemos da mesma forma”, explica.

Como não dá para ficar sem manutenção, outra questão importante que deve ser levada em consideração é o tipo de contrato que deve ser fechado com a empresa (ver boxe). “Nós chamamos de contrato com e sem cobertura de peças. E o modelo ideal para cada condomínio depende da rotatividade, da quantidade de andares e do modelo do elevador. Porém, o que mais ocorreu nesse período foi em relação à renegociação de contratos: alguns clientes nos solicitaram redução, até mesmo suspensão, de contratos, o que foi atendido. O período que estamos passando é complicado e sabemos das dificuldades alheias”, diz Mário de La Cerda.

Filipe Quintanilha afirma que, logo no início da pandemia, cerca de 15% dos prédios solicitaram algum tipo de acordo. “Houve diminuição do valor do contrato por período determinado, principalmente de hotéis, que tiveram uma redução considerada na locação”, observa ele, enquanto Edson Parmejano diz como a União Elevadores tem se saído nesse momento: “Possuímos um orçamento especial para o condomínio que tem passado por dificuldades nesse período. Entendemos a necessidade e tentamos ajudar na medida do possível, com ofertas e descontos promocionais, e, para os clientes atuais, renegociamos por conta da situação econômica. Mas ressalto que mantemos a mesma equipe e profissionalismo na manutenção e clareza na troca de informação, independentemente do desconto ofertado”, finaliza. 

 

Tipos de contrato

O contrato ideal vai depender de cada condomínio, levando em consideração o fluxo de uso dos elevadores, o tamanho do prédio e a idade do equipamento, entre outros fatores. Cada tipo de contrato tem sua relação custo-benefício. 

Veja:

  • Conservação (sem cobertura de peças) 

Ideal para os empreendimentos recém-construídos e que possuem elevadores novos em que as peças ainda terão bastante vida útil, não havendo muita necessidade de substituição.

  • Manutenção integral (com cobertura integral de peças)

Ideal para os prédios mais antigos e com grande fluxo de passageiros (comerciais e hospitais). Lembrar sempre de verificar as peças que constam da cobertura que devem estar discriminadas no contrato para evitar eventuais desgastes com a empresa mantenedora.

 

Serviço

Elevadores Elbo
(21) 2263-0735
https://www.elevadoreselbo.com.br/

Infolev Elevadores
(21) 2210-6325
http://www.infolev.com.br/

União Elevadores
(21) 3860-9401
https://uniaoelevadores.com.br/

Villar Elevadores
(21) 3860-8877
https://villarelevadores.com.br/

 

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