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Passageiro preso! E agora?!

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Ficar preso no elevador é algo que poucas pessoas desejam. Talvez essa situação povoe o imaginário romântico de alguns, mas, em geral, com certeza, a situação não é nada agradável. 

Brincadeiras à parte, é por essas e outras que os síndicos devem estar muito atentos ao tipo de manutenção e conservação que escolhem para seus condomínios. Até porque é à empresa contratada que eles devem recorrer em casos de emergência. 

Bruno Gouveia, coordenador da Cipa Síndica, é um entusiasta do plano de contingência, ao qual os síndicos prepostos da Cipa recorrem quando necessitam. “Nossos clientes possuem um plano de contingência elaborado no início de nossa gestão, justamente para situações como pessoas presas no elevador, bem como outros sinistros que possam ocorrer na edificação. O plano de contingência aborda todo o processo que deve ser feito em diversas situações. Logo, proporcionamos um treinamento para todos os funcionários, e esse plano também é divulgado entre os moradores, para que todos tenham ciência.” 

Saber o que fazer na hora H faz toda a diferença, e os síndicos profissionais da Cipa estão preparados para qualquer situação. “Por não estarmos 24 horas dentro do empreendimento é de fundamental importância que tenhamos uma equipe treinada e qualificada para atuar em certas demandas emergenciais, até que o preposto chegue ao empreendimento se necessário. Nosso plano aborda itens de elevadores, funcionamento de bombas, barriletes, quadros elétricos e o contato de todas as empresas que prestam serviços ao condomínio”, ressalta o coordenador. 

Gouveia explica: “No momento em que alguém fica preso no elevador, o síndico deve entrar em contato imediato com a mantenedora dos elevadores, para informar que o elevador está parado com uma pessoa presa, pois, assim, a empresa terá um tempo específico para atendimento. Ato contínuo, o síndico deverá tentar contato com a pessoa presa para acalmá-la, dizer que todos já estão cientes de que ela está presa e que o suporte já foi acionado. Em caso de atraso da mantenedora, o síndico pode acionar também o Corpo de Bombeiros para resgate.”.

Não é à toa que o plano de contingência da Cipa é um superdiferencial para seus clientes. Em muitas situações ele é fundamental para que a ação correta seja tomada: “Já tivemos diversos casos de alagamento em apartamentos que estavam vazios; então, a equipe já orientada sabia o procedimento e o local para fechar o registro daquela unidade/coluna, pois a água foi para a área comum e chegou a atingir os elevadores. Logo, o registro foi fechado, os elevadores desligados e a mantenedora acionada para inspeção, pois, em caso de danos, o seguro deveria ser acionado”, explica Gouveia, ressaltando que investir em treinamento e qualificação da equipe operacional do empreendimento e buscar sempre dar conhecimento aos moradores sobre as boas práticas e como a edificação funciona é fundamental.

 

Olhar técnico

Fábio Aranha, engenheiro pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli USP), ex-presidente do Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo, atual presidente da Associação de Elevadores do Mercosul (AEM), membro da WEEF e palestrante do Fórum Mundial de Elevadores na Interlift, tem bagagem de sobra para falar sobre elevadores. Segundo ele, o elevador é considerado o meio mais seguro de transporte, “mas, para que isso seja verdade, é preciso que haja boa manutenção e atualização tecnológica. Esses cuidados evitam as paralisações no meio da viagem e o dissabor de ficar ‘preso’ dentro da cabina, bem como previne acidentes e transtornos relacionados com a indisponibilidade do equipamento mais importante do edifício”.

Sobre o que mais causa as “paradas” inadequadas dos elevadores, Aranha explica: “Infelizmente, ainda temos muitos locais com rede elétrica precária e sujeitos a interrupções costumeiras, especialmente na temporada de chuvas e raios que atingem as redes elétricas cortando o fornecimento de energia aos edifícios. Porém, outros defeitos mecânicos ou elétricos também podem causar tais paralisações. As falhas mais comuns são problemas nos sistemas de portas e seus travamentos. Por segurança, o elevador não pode se movimentar se alguma porta estiver aberta ou apresentar defeito que aparente que esta situação esteja ocorrendo.”.

O especialista afirma que, como qualquer outro equipamento, por melhor que seja, “não é totalmente à prova de falhas, mas, evidentemente, um equipamento mais novo ou modernizado tem menor probabilidade de apresentar problemas que os antigos e desatualizados”. Para que os síndicos evitem contratempos que estão ao seu alcance, Aranha enfatiza a necessidade da manutenção: “O elevador deve ter uma boa manutenção, realizada por empresa credenciada na Prefeitura, que não precisa ser necessariamente a mesma empresa que montou o elevador. Caso o elevador seja antigo, geralmente com mais de 20 anos, é recomendada uma atualização tecnológica (modernização) para que fique mais adequado às normas atuais.”.

 

Sistema de Resgate Automático

O engenheiro traz uma boa notícia para aqueles prédios que sofrem com constantes paradas nos elevadores por causa de interrupção de energia, por exemplo: o Sistema de Resgate Automático.

Como funciona: o quadro de comando do elevador é energizado por um sistema de baterias capaz de movimentar a cabina até o pavimento mais próximo, abrir a porta e liberar os passageiros retidos com total segurança e sem necessidade de intervenção de técnico especializado, síndico, porteiro, bombeiro etc. O sistema elimina também possíveis danos no equipamento e respectivos prejuízos quando o resgate é realizado pelo Corpo de Bombeiros. Infelizmente, nem sempre é possível que o técnico de manutenção contratada pelo condomínio chegue rapidamente ao prédio. “Já o Corpo de Bombeiros, que dispõe de sirene e outros recursos, pode chegar antes, contudo, como tem inúmeras outras atribuições, geralmente não é especializado no resgate em elevadores, e em situação de emergência, acaba por provocar sérios danos ao equipamento na hora do desespero do passageiro preso. Quebrar portas e outras partes gera custos elevados, que têm de ser arcados pelo condomínio. Claro que não se deve culpar o síndico em situação idêntica, mas, depois de um grande transtorno, é provável que os moradores questionem por que o síndico não teve a ideia de ter um resgate automático.”

Esse sistema evita um risco real muito maior, que na verdade deveria apavorar muito mais: o resgate indevido de passageiros por pessoal não habilitado, o que pode provocar sérios acidentes, até mesmo fatais. De acordo com a Norma Técnica da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 16.083/2012, o resgate de passageiros retidos na cabina de elevadores pode ser realizado somente pela empresa de manutenção responsável pelos equipamentos e seus técnicos habilitados ou pelo Corpo de Bombeiros. Dessa forma, zeladores, porteiros, moradores ou funcionários do condomínio não estão autorizados a interferir no equipamento, muito menos quando há passageiro retido. 

Porém, se o passageiro está preso, Aranha recomenda manter a calma. “A claustrofobia, muitas vezes natural no ser humano, pode apavorar as pessoas. O pessoal que está fora deve informar os que estão no elevador que já foi feito contato com o técnico e que ele está a caminho, e que o ideal é aguardar o resgate especializado dentro da cabina, pois é um local seguro.”

Seguem mais dicas do engenheiro para quem, porventura, ficar preso no elevador: 

  •  primeiramente, não se apavore;
  •  não tente abrir a porta do elevador, pelo risco de causar acidentes;
  •  em vez de mexer na porta ou no teto acione o alarme, interfone para a portaria, telefone para algum vizinho ou parente, chame o zelador, mas não tente intervir;
  •  controle sua respiração e fale pouco para evitar que fique com falta de ar e/ou irrite as outras pessoas;
  •  procure acalmar as outras pessoas, sugerindo que adotem essas mesmas atitudes;
  •  tente contatar familiares e quem estava esperando por você, avisando sobre o acontecido e acalmando a todos;
  •  se possível, tente contato com pessoas de fora; passe calmamente informações importantes, como o número de indivíduos presos, se estão bem e se há crianças, idosos ou outros passageiros críticos.

 

Estratégia Covid-19 

Além do medo de altura e de ficar preso no elevador, hoje em dia, o novo medo é do contágio pela Covid-19 na cabina do elevador.

Nos edifícios residenciais, a principal medida de segurança adotada foi limitar o uso conjunto para, no máximo, duas pessoas – integrantes da mesma família ou que vivem em um mesmo apartamento. Essa é, inclusive, a recomendação oficial do Ministério da Saúde. Foi um processo bem aceito e que a maioria dos síndicos vem utilizando.

Fabio Aranha conta que, para atender a essa demanda atual, foi desenvolvida pelos fabricantes de equipamentos para elevadores a Estratégia Covid: “Numa situação em que mais de uma família não pode adentrar à cabina ao mesmo tempo, não faz sentido que o elevador pare em mais de um andar no caminho de ida ou de volta para o térreo ou o subsolo. Por si só, essa medida garante o cumprimento das novas normas, bem como sua efetividade, economizando o tempo das pessoas e a energia do elevador em eventuais paradas nas quais ninguém entra.”.

Bem estar e segurança
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