Conheça os novos tipos de controle de acesso de veículos e pedestres
Os portões automáticos deixaram de ser item de conforto e passaram a integrar a segurança dos condomínios, já que sua abertura expõe os moradores e funcionários à violência urbana, muito comum no Rio de Janeiro, atualmente. Mas o que o síndico precisa saber na hora de automatizar os portões do condomínio ou contratar uma empresa para realizar a manutenção deles?
Existem, basicamente, três tipos de portão para garagens de condomínios que podem ser automatizados: o basculante, o pivotante e o deslizante. O basculante abre para cima, o pivotante tem abertura para fora ou para dentro e o deslizante corre para um lado ou outro. Para Ricardo Coelho Vianna, sócio-diretor da Digiseg, empresa que oferece serviços de controle de acesso para veículos e pedestres por tag, cartão de proximidade, biometria; sistemas CFTV; alarmes; centrais PABX; automação de portas e antenas coletivas, o síndico deve contar com o auxílio de um profissional técnico para orientá-lo com relação à automatização, de acordo com o portão que já está instalado no condomínio.
“O síndico não pode focar em preço, é preciso analisar a idoneidade da empresa que vai atender ao condomínio. Em geral, oferecemos contrato de um ano, com visitas de manutenção preventiva mensais e corretivas quando necessárias. Nas visitas mensais, verificamos os cabos de aço, se o motor está rodando normalmente, analisamos as roldanas e lubrificamos as guias, além de outros procedimentos específicos para cada tipo de portão, o que reduz a probabilidade de defeitos. Em geral, quando a preventiva é bem executada, quase não precisamos realizar as corretivas, mas, em caso de defeito em qualquer equipamento, temos reservas para todos eles. Isso é bom para os síndicos, para os moradores e para nós”, diz.
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Controle de acesso
Os portões automáticos garantem um pouco mais de segurança para os moradores, sim, mas, em muitos condo – mínios, causam mais dor de cabeça do que sensação de bem-estar. Isso porque vivem quebrados ou com algum tipo de problema. Era o que acontecia no Condomínio Norte Privilege, que há alguns anos teve um sistema de automatização instalado, mas que só funcionou por um curto período de tempo. O síndico profissional Guilherme Guerreiro, que está há quase três anos à frente desse condomínio, conta que precisou insta – lar um novo sistema do zero para que tudo funcionasse perfeitamente. “Implementamos um novo sistema de tag, no portão que dá acesso à garagem, pois o que existia não servia. Havia um conflito com outras tags instaladas nos carros e tecnicamente não funcionava. Substituímos todo o sistema, antena, central controladora, tudo mesmo, e o equipamento antigo foi jogado no lixo. Tivemos o entendimento de que não valia a pena investir em uma coisa antiga que já não funcionava. Era melhor investir em um sistema completamente novo. Trocamos o portão de ferro por um de alumínio e o motor, que antes abria em 20 segundos, abre em 7 segundos agora. Quando fizemos essa proposição em assembleia, os moradores aprovaram de imediato”, conta.
Ainda segundo Guerreiro, essa instalação foi realizada há apenas dois meses e a empresa que fez o trabalho ofereceu muitas garantias. “Sou engenheiro e trabalhei muitos anos com shoppings, então conheço muitos fornecedores. Solicitei a um fabricante e ele indicou um representante no Rio que disse, inclusive, que se o sistema não funcionasse nós não precisaríamos pagar. Essa proposta foi como uma garantia e foi decisiva, juntamente com o valor cobrado para a execução do serviço. Antes de fechar o contrato, fizemos uma pesquisa, fomos ao mercado saber quem fazia esses serviços, pois é fundamental trabalhar com uma empresa idônea. Ainda estamos no período da garantia e a empresa vem sempre que solicitamos, mas quando acabar esse tempo, vamos fechar um contrato de manutenção com visitas mensais preventivas e as corretivas, quando houver necessidade”, diz.
O sistema de tags é muito simples e seguro. Um software de controle de acesso é instalado e os veículos do condomínio são cadastrados. Na sequência, são distribuídas etiquetas, que devem ser coladas nos para- -brisas dos veículos. O sistema reconhece a tag por aproximação e libera a entrada ou saída do veículo.
Segundo Bruno Valle de Freitas, diretor comercial e técnico da Valletec, empresa especializada em segurança eletrônica, telecomunicação, automação, serviços elétricos e informática, a avaliação da empresa é de suma importância para o sucesso da automatização. “O técnico precisa verificar a estrutura, o tamanho e o peso do portão instalado para definir o motor mais adequado ou sugerir substituições. É preciso uma criteriosa análise profissional para evitar problemas, pois não se trata apenas da parte eletrônica, a serralheria também influencia muito. Atualmente, de meus atendimentos, cerca de 50% dos problemas têm relação com a serralheria: o portão cai, tomba; um exemplo que acontece em muitos casos de portões deslizantes é que eles ficam suspensos no ar e a gravidade o puxa para o chão, por isso, nesses casos, refazemos a serralheria e instalamos um trilho no chão para estabilizar o portão e aumentar a vida útil do equipamento de automação”, explica.
Freitas também conta que tem nos porteiros grandes parceiros da Digiseg. “Eles são nossos aliados, por isso, recomendamos, a cada troca de turno, que o funcionário que estiver assumindo verifique se o portão está trabalhando bem e se o sensor antiesmagamento está funcionando para, ao menor sinal de problema, eles nos avisarem e, assim, conseguirmos evitar transtornos maiores.”
O síndico Guerreiro também conta que instalou um sistema de acesso por biometria no portão de pedestres. “Ainda estamos em fase de testes, o início foi mais confuso, mas já está tudo funcionando. Tivemos dificuldades na hora de registrar as digitais de alguns condôminos, pois existem pessoas que as digitais até são captadas, mas o sistema não as reconhece. Um exemplo de pessoas que têm esse problema é quem usa luva por longos períodos, como médicos, enfermeiros e dentistas, que podem ter as digitais alteradas. Para esses casos, entregamos uma tag chaveiro e garantimos seu acesso ao condomínio. Todos os dados de entrada e saída ficam armazenados no sistema, e podemos ter acesso no momento que for necessário”, diz.
Viana explica que, na hora de contratar uma empresa, o síndico deve se cercar de cuidados importantes. “É fundamental solicitar referências e consultá-las para saber o nível de trabalho desenvolvido pela empresa. Outra dica é visitar os condomínios, conversar com os síndicos atendidos, verificar o CNPJ e se a empresa responde a algum processo”, finaliza
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Limpeza nas alturas
Revista Condomínio. Edição 78
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