Pós-limpeza de reservatórios de água evita contaminação e cheiro ruim
Os síndicos de condomínios sabem: uma das principais responsabilidades da administração de um edifício é manter as cisternas e os reservatórios de água extremamente limpos. No entanto, de nada adianta fazer a limpeza das caixas-d’água e deixar que os resíduos removidos terminem na torneira dos moradores. Para evitar isso, é necessário ter bastante cautela no pós-limpeza e agir corretamente, já que água contaminada pode causar prejuízos, incluindo até mesmo problemas de saúde.
Segundo Alex George Lino Ambrósio, diretor da AcquaLimp Soluções em Tratamento de Esgoto e Instalações, muitas doenças podem ser causadas pela água com resíduos oriundos da limpeza dos reservatórios. Caso seja usado pouco cloro, por exemplo, o risco para os moradores é a contaminação por doenças transmitidas por vírus, bactérias, fungos, parasitas e diversos micro-organismos. “Eles se misturam à água e podem causar verdadeiros estragos na saúde de moradores e funcionários. Entre as principais doenças estão cólera, amebíase, hepatite A, leptospirose e giardíase”, cita.
A superdosagem de cloro, por sua vez, também pode causar danos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o excesso da substância no organismo humano pode gerar complicações como acidose metabólica, quadros intensos de dor de cabeça, confusão mental e hiperventilação. “É exatamente por isso que são estipuladas doses diárias seguras de ingestão de cloro por diferentes indivíduos – homens, mulheres e crianças –, para evitar consequências indesejadas”, alerta Alex George, acrescentando que é necessário que a empresa prestadora de serviço, depois da limpeza, adicione uma solução de hipoclorito de sódio de 2% a 2,5%, recomendada pelos órgãos ambientais e diferente da água sanitária comprada na esquina. “O local deve ser pulverizado com um equipamento adequado nas laterais e no fundo para que o residual de cloro não dê odor na água. Não é só dosar o cloro no balde, é necessário um pulverizador. Depois dessa etapa, esgota-se o restante da solução que ficou no fundo”, completa o diretor da AcquaLimp.
De acordo com a norma para a limpeza de caixa-d’água estabelecida na Lei nº 1.893, de 20 de novembro de 1991, a higienização e a desinfecção devem ser feitas semestralmente. “Mesmo que a legislação não culpabilize o síndico, o condomínio pode sofrer com doenças vinculadas ao consumo de água inapropriada para o consumo. Também poderá haver multa dos órgãos competentes – o condomínio poderá ser autuado pelo Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio) ou pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Assim, contrate uma empresa especializada em limpeza de caixa-d’água que utiliza os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados e seja licenciada”, observa Alex George.
De acordo com Gleyson Assis, síndico profissional e CEO da Anjos & Assis Gestão Condominial, a limpeza deve estar prevista na revisão orçamentária do condomínio. “Se isso não acontece, acaba gerando um reservatório sujo, contaminado, que faz com que a água não seja própria para consumo. O síndico pode ser acionado judicialmente por isso, logo, precisa fazer as manutenções corretivas e preventivas necessárias”, observa.
Portanto, cabe ao síndico se atentar para não perder o prazo e buscar empresas de qualidade, que fazem a desinfecção das caixas depois da limpeza. “Quando você tem uma empresa séria a seu lado, consegue mensurar todas as características do pós-limpeza de cisternas e caixas-d’água. No meu caso, todo fornecedor que contrato exijo que o trabalho seja bem-feito e que tenha um pós-serviço que venha com análise biológica da água. Temos que saber como está a qualidade dessa água por meio de testes, bem como sua potabilidade. Isso inclui o odor e se ela está incolor”, reforça o síndico profissional Gleyson.
A importância da vedação dos canos e das caixas-d’água
Outro ponto que merece total atenção é a vedação dos canos que dão acesso aos reservatórios de água. Somente assim é possível evitar que ratos, baratas e pombos contaminem o líquido, além de impedir que os resíduos dos canos sigam para as torneiras dos condôminos. “Na hora da limpeza, os canos devem ser tampados para evitar que a sujeira das paredes e do fundo do reservatório não siga para os apartamentos. Muitas vezes, quando não é feito esse procedimento, a lama vai para os apartamentos, que é confundida com ferrugem da tubulação.
É necessário substituir a tubulação quando ela estiver comprometida por processos de oxidação. Existem algumas empresas que fazem tratamento para diminuir o processo corrosivo dos canos, porém o ideal é trocá-los pelos de PVC, pois o custo é menor e o resultado é melhor”, explica Alex George Lino Ambrósio, diretor da AcquaLimp Soluções em Tratamento de Esgoto e Instalações.
As caixas também devem ser tampadas (vedadas), pois existe o risco de entrarem pombos, ratos, baratas… “Já tivemos casos de encontrar, no reservatório, rato morto, gambá e cobra. A descoberta só ocorreu por causa da reclamação de alguns condôminos sobre odor e sabor na água. Ainda existe o caso de vetores, como os mosquitos transmissores da dengue, zika e chikungunya, em que o risco é a proliferação desses hospedeiros”, afirma Alex George.
O síndico profissional Gleyson Assis encontrou uma solução para resolver esse problema dos pombos, que invadiam os reservatórios de água de um condomínio que administra. “Fizemos um trabalho de barreiras com garrafas pet debaixo dos telhados, que impedem que eles entrem, se reproduzam e urinem ali. Paralelamente, também sempre dedetizamos o local. Por isso os reservatórios devem estar muito bem vedados, especialmente as caixas-d’água acima dos blocos, pois isso gera uma atração para os pombos, o que pode ocasionar uma contaminação perigosa”, conta.
Sobre a água que vem com gosto de ferro, caso muitas vezes relatado por moradores depois da limpeza, Gleyson diz que, nesse caso, é necessária uma mudança mais drástica. “Sou síndico de um prédio antigo, dos anos 1970, cujas conexões dos canos são de ferro. Então, é natural que elas comecem a descamar, gerando entupimentos. O resultado: fragmentos de ferrugem caem na água de consumo, o que dá aquele gosto ruim nela. Para resolver isso, abrimos as paredes e substituímos as conexões. Não é um trabalho fácil, e é preciso que essas conexões sejam de material que não oxide, para proteger a água da ferrugem”, pontua.
Por fim, vale destacar que, depois do procedimento de limpeza dos reservatórios de água, é essencial que os moradores do condomínio não abram as torneiras, nem usem as descargas por um curto período de tempo. “Isso previne a entrada de ar nos canos. Com o trabalho terminado, deve-se aguardar cerca de 30 minutos. A empresa contratada tem que avisar o síndico e este notificar os condôminos, pois, no dia da limpeza, pode faltar água no prédio e os moradores não devem abrir as torneiras para evitar a entrada de ar na tubulação. Sem contar que, se o síndico não fechar o registro de água em um tempo hábil e programado, vai se jogar muita água fora, gerando desperdício”, comenta Alex George.
Gleyson concorda e diz que o síndico deve estabelecer um plano estratégico, pois a probabilidade de faltar água é grande. “Se avisar os moradores, você não pega ninguém de surpresa. Além disso, indico que o morador tenha um filtro de água em casa, porque, além de a água vir para nosso sistema, ela passa pelo encanamento para a casa do condômino. Isso dá um arremate final na água que está sendo entregue na unidade”, finaliza.
Serviço:
AcquaLimp Soluções em Tratamento de Esgoto e Instalações
(21) 4102-7522/99549-2565
dedetizadoraacqualimp.com.br
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