Seguir a lei e manter a higienização em dia evita proliferação de insetos e garante a saúde de todos
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Em tempos de crise hídrica, muito tem se falado da escassez de água e meios para evitar seu desperdício. E por conta desse momento pelo qual estamos passando, muitos síndicos têm aproveitado para deixar para depois a limpeza dos reservatórios de água do condomínio. Portanto, essa decisão pode colocar em risco a qualidade da água oferecida aos condôminos, ajudar na proliferação de pragas e vetores e ainda negligenciar a Lei nº 1.893, de 20/11/1991, que estabelece a obrigatoriedade da limpeza e higienização dos reservatórios de água para fins de manutenção dos padrões de potabilidade, o que inclui, ainda, a desratização e dedetização das respectivas instalações, periodicamente, a cada seis meses.
Carlos Leonardo Vasconcellos de Souza, gerente comercial da Bonanza Soluções Ambientais, confirma que muitos síndicos não seguem as exigências da lei. “Infelizmente, muitos acham que não se trata de manutenção periódica semestral. Já tivemos casos de síndicos que somente realizaram o serviço porque a água apresentou mau cheiro, enquanto outros só o fazem uma vez por ano. Isso é inadmissível, pois estamos falando de saúde ambiental e humana. Ao manter os reservatórios limpos, são evitadas várias doenças, desde simples disenterias e diarreias a graves meningite e hepatite”, afirma ele, destacando que as empresas devem sinalizar sobre o vencimento do serviço de limpeza com 30 dias de antecedência. “É necessário passar para o síndico que a limpeza é ligada à saúde de todos os que estão usando aquela água, inclusive ele e sua família. E ele pode ser considerado responsável, caso haja intoxicação”, pontua.
Por isso, a higienização da caixa-d’água e da cisterna é essencial para manter a saúde de todos os moradores resguardada. “Todos os síndicos devem estar atentos a isso, pois o fato é que nossa água já não tem boa qualidade. Logo, os reservatórios devem estar sempre prontos para recebê-la e armazená-la da forma correta. Por isso, a caixa deve estar sempre limpa e clorada, para evitar o acúmulo de bactérias em suas paredes, bem como no fundo”, alerta Carlos Leonardo, da Bonanza Soluções Ambientais.
O síndico profissional Guilherme Guerreiro vai na contramão dos síndicos que não priorizam a limpeza do reservatório de água dos condomínios que administra e diz seguir todas as normas da lei. Segundo ele, duas técnicas são usadas normalmente e que variam de acordo com o tipo de revestimento apresentado por cada reservatório: “Nos tradicionais, temos a escovação das paredes e a limpeza; e quando temos revestimento de PVC, o processo da limpeza é feito de maneira mais cuidadosa, com a inclusão de desinfecção e limpeza com pano”, diz.
Carlos Leonardo Vasconcellos de Souza, da Bonanza Soluções Ambientais, revela que muitos condomínios têm experimentado o que há de mais novo na limpeza de reservatórios: a utilização de jatos de pressão na parede. “Trata-se de uma excelente tecnologia, mas ela deve ser feita com a pressão dosada para evitar danos ao revestimento dos reservatórios. O local deve ser analisado antes da realização do serviço, e caso o método não seja indicado, deve-se voltar no tempo da vassoura de cerdas de nylon, evitando, assim, um prejuízo maior para o condomínio”, ensina ele, acrescentando que os relatórios fotográficos, que mostram o antes e o depois da limpeza, devem ser usados para registrar a conservação dos reservatórios. “É uma forma de avaliar se a caixa em questão está precisando de um novo revestimento, por exemplo, para que vazamentos e infiltrações não ocorram, o que pode causar danos ao condomínio, atingindo a saúde de todos”, completa.
Outro ponto que deve ser levado em consideração é avisar aos moradores que as caixa-d’água e cisterna serão limpas. Isso impede que o condômino use a água que está saindo da caixa, já que pode conter sujeira ou até mesmo cloro. “Além de notificar os moradores por conta da possível falta de água, a própria empresa deve informar sobre o serviço para que se evitem a abertura de torneiras e chuveiros e o acionamento de descargas, para evitar a entrada de ar na tubulação dos apartamentos”, explica o gerente da Bonanza, que reforça que os condôminos devem deixar, após a limpeza, que a água corra por alguns minutos. “Além de não estar apropriamente clorada, essa água que fica na tubulação pode estar com impurezas em razão da limpeza e causar danos e infecções no organismo. Por isso, o ideal é deixar que ela corra por alguns minutos, para que os resíduos possam ser eliminados”, orienta.
Já o síndico Guilherme Guerreiro afirma que, apesar de alguns moradores tomarem essa atitude de maneira informal, dependendo do tipo de reservatório, a secagem da limpeza é feita pelo próprio dreno. “Assim, detritos e sujidades são retirados, acumulados pelo arrasto do fim de caixa, sem a necessidade desse escoamento feito pelo morador em sua unidade”, observa.
E, depois da limpeza, o que fazer com a água que fica com aquele cheiro de cloro? De acordo com o especialista da Bonanza, trata-se de algo normal, e a água não deve ser descartada. “Isso vai depender do tipo de reservatório e da quantidade de cloro colocada na água. Porém, se o odor estiver muito forte, de modo que se perceba uma ardência nos olhos, é aconselhável não ingerir essa água”, indica ele, alertando: “A empresa que realiza a limpeza deve usar a medida certa de cloro na água para não haver excessos, que também podem causar danos à saúde”, finaliza.
Serviço:
Bonanza Soluções Ambientais
bonanzasolucoes.com.br
(21) 3521-7001/96424-2123
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