O município do Rio de Janeiro está na faixa verde de infestação predial do Aedes aegypti. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o resultado do último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado no período de 12 a 22 de outubro, manteve o baixo índice de infestação predial (IIP): 0,8%.
Com isso, o município continua na linha que representa baixo risco para ocorrência das infecções transmitidas pelo vetor. O índice é considerado satisfatório quando está abaixo de 1% de larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Na avaliação da SMS, o baixo índice de infestação pelo Aedes aegypti pode ser atribuído aos bons resultados do trabalho de prevenção e conscientização feitos nos últimos tempos, além de uma maior colaboração da população.
Das dez Áreas Programáticas (AP) da cidade, sete apresentaram baixo risco: 1.0 (Centro), 2.1 (Zona Sul), 2.2 (Grande Tijuca), 3.2 (Grande Méier), 3.3 (Madureira e adjacências), 4.0 (Barra e Jacarepaguá), 5.1 (Bangu e adjacências) e 5,3 (Santa Cruz e Paciência). As demais três áreas apresentam médio risco: 3.1 (Ilha e Zona da Leopoldina), 3.3 (Madureira) e 5.2 (Campo Grande).
Numa comparação entre os resultados atuais e os do LIRAa anterior (relativo ao período de 29 de maio a 4 de junho), a área de Madureira, que apresentava índice de 1,1% das casas visitadas com foco do mosquito, manteve o mesmo índice de infestação.
Mas a área da Zona Norte perdeu o posto de região com mais focos de mosquito para o bairro de Campo Grande, na Zona Oeste: na medicação anterior, foram encontrados problemas em 0,9% dos endereços visitados, desta vez havia focos em 1,3% das residências vistoriadas.
Outra área que cresceu foi a de Santa Cruz e Paciência: antes, 0,8% dos imóveis vistoriados tinham foco e, pelos resultados divulgados nesta quarta, os técnicos encontraram focos em 1,1% das casas.
A metodologia divide o município em estratos que variam de 8.100 a 12 mil imóveis com características semelhantes. O LIRAa atual foi realizado em 100% dos estratos, o equivalente a 251. A pesquisa identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do Aedes aegypti.
A metodologia permite descobrir, em curto espaço de tempo, quais áreas têm alta infestação, além de ser possível identificar os tipos de criadouros preferenciais em cada estrato. Isso possibilita que as autoridades façam ações específicas e alertem a população.
O LIRAa ainda apontou que 36,3% dos focos do mosquito estavam em depósitos fixos, como ralos, bombas, piscinas não tratadas, cacos de vidros em muros, toldos em desnível, calhas, sanitários em desuso, entre outros.
Os criadouros do vetor ainda são muito encontrados em materiais descartados indevidamente, como recipientes plásticos, garrafas, latas, entre outros (ambos com 22,6%). Seguidos dos depósitos para armazenamento doméstico de água como tonel, tambor, barril, tina, filtros e potes, entre outros (18,8%).
Fonte – Extra
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