Síndicos e empresas apostam em tecnologia, vigias e treinamento
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Uma pesquisa da Genial/Quaest feita no Rio de Janeiro e divulgada em agosto de 2022 indica que, para 38% dos moradores, a violência é o principal problema do estado. E os dados refletem isso por meio do aumento da procura por equipamentos e sistemas de segurança pelos condomínios. Um levantamento inédito realizado pela Cipa, uma das maiores administradoras de condomínios do país, aponta que, somente no primeiro semestre deste ano, foram investidos mais de 12 milhões de reais em segurança. Os bairros da zona oeste concentraram 72% desse volume de investimento.
“O levantamento da Cipa abrange os mais de 1.300 condomínios que a empresa administra e dá uma amostra do quanto a questão da segurança vem mobilizando síndicos e moradores em toda a cidade. Isso demonstra também o quanto o poder público deve voltar sua atenção para o tema”, avalia o gerente de Novos Negócios da Cipa, Bruno Queiroz.
De acordo com Patrick Polisuk, CEO do Grupo Tel Aviv, “segurança é um assunto sério e faz parte do bem-estar social. Tudo que você quer é chegar em sua residência e ter o sentimento de que está seguro. Para isso, quanto mais itens puderem ser agregados aos condomínios, mais aumentaremos a capacidade de efetividade das operações, trazendo maior sensação de segurança a todos os moradores presentes”. O CEO da Tel Aviv afirma que o setor de segurança eletrônica, por exemplo, aumentou suas vendas, em média, 15% nos últimos dois anos. E, neste ano de 2022, a expectativa é que o crescimento seja ainda maior, chegando a 18%.
E os síndicos sabem que segurança é item de primeira necessidade nos condomínios. Segundo o síndico profissional Fernando Canejo, o investimento ainda ajuda a preservar o patrimônio de todos. Formado em engenharia, Canejo administra três grandes condomínios na zona norte do Rio de Janeiro. “Hoje todos os nossos condomínios são gerenciados por meio de um aplicativo que tem ferramentas tecnológicas atuais de mercado, o que faz com que os moradores interajam de forma dinâmica e on-line, modernizando a dinâmica de trabalho com base em uma gestão de alta performance. As câmeras e um bom controle de acesso se tornaram instrumentos muito importantes para a segurança dos condomínios, pois são capazes de coibir as ações maliciosas de pessoas mal-intencionadas e ajudam a administração a controlar e regular o comportamento dos moradores.”
Mas nem só de equipamentos, câmeras e tags é feita a segurança. Muito condomínios têm inovado e passaram a fazer parcerias com empresas de consultoria para ensinar funcionários e moradores como agir na prevenção de incidentes e em casos de emergência. João Alberto Britto é diretor executivo da J A Consultoria de Segurança, Treinamento e Investigação Privada. Segundo ele, não basta investir em alta tecnologia se os funcionários estão despreparados ou desatentos em seus postos de trabalho. “Capacitação é investimento e deve ser realizada a cada seis meses. Nossa empresa disponibiliza treinamentos de alta qualidade e ministramos cursos e palestras no local do cliente com o uso de projetor e a emissão de certificado de participação.”
Antes de fazer o trabalho, a empresa vai até o condomínio e realiza uma análise profunda de todos os ambientes, identificando os problemas e os riscos. “Depois de reunir todos os dados, elaboramos o laudo técnico de segurança, no qual constam todas as informações ilustradas com fotos. De posse desse documento, o síndico pode tomar as melhores decisões sobre segurança com embasamento técnico e de acordo com condições adequadas de prazo e valor”, detalha João Alberto Britto.
Além dos funcionários, os moradores são convidados para participar de palestras. De acordo com o diretor executivo da J A Consultoria de Segurança, Treinamento e Investigação Privada, não adianta “o condomínio investir em tecnologia, treinar funcionários periodicamente, mas o morador segurar a porta para uma pessoa estranha que vem logo atrás dele. Esse e outros exemplos acontecem diariamente e fragilizam qualquer protocolo de segurança em função de os moradores não serem treinados”.
Ana Carla Duarte é síndica profissional de vários condomínios nas zonas sul e norte da cidade. Ela contratou a empresa J A Consultoria de Segurança, Treinamento e Investigação Privada e percebeu uma mudança gigantesca na postura e no jeito de agir de funcionários e moradores. “Os funcionários ficaram mais seguros para evitar certos golpes, como o do crachá falso e do uniforme falso, não se sentem mais intimidados. Isso, de cara, já inibe os golpistas. Além disso, o diretor da J A participa das assembleias e orienta os moradores. Ele personaliza o treinamento, fala de maneira particular para cada público específico, para cada tipo de condomínio, para cada morador. Percebemos que pequenas ações podem evitar situações mais graves e começamos a prestar atenção como cada um pode contribuir para a segurança do local onde vive.”
Ana Carla ressalta que, durante a pandemia e no pós-pandemia, os golpes, como o do falso entregador, por exemplo, aumentaram muito. Por isso mesmo, essas palestras e cursos ajudam a mostrar como lidar quando se desconfia de uma pessoa. O síndico Fernando Canejo também investe na capacitação dos funcionários. “Todos os nossos colaboradores são treinados para priorizar a segurança na hora de dar uma informação, no controle de acessos e na entrega de encomendas para os moradores, entre outras tarefas. Somente com a ajuda de uma empresa especializada e uma equipe bem treinada os condomínios conseguem garantir a segurança dos moradores e a proteção do patrimônio de todos.”
“Muitas vezes, o porteiro ou o morador se deparam com situações que percebem que são estranhas e acabam agindo com base em crenças pessoais, tomando medidas precipitadas. É importante que os condomínios tenham seu plano de segurança com normas e procedimentos bem definidos para que os moradores se adaptem a tais regras e auxiliem nas operações de segurança, de forma a saber o que fazer e ficar mais seguro ao entrar no condomínio”, explica Patrick Polisuk, da Tel Aviv.
Segurança patrimonial urbana
Outro projeto vem sendo desenvolvido pelas empresas Tel Aviv e J A Consultoria de Segurança, Treinamento e Investigação Privada: a segurança patrimonial urbana. A ideia é ter profissionais treinados circulando pelas ruas para tentar inibir os casos de roubo e furto. Segundo o CEO da Tel Aviv, é possível, seguindo as regras das convenções coletivas, operar um serviço desses com mão de obra de vigia. “Nossos profissionais possuem noções de defesa pessoal, além de terem treinamento de orientação e abordagem em situações que oferecem risco aos moradores da região na qual realizamos a segurança. São profissionais de segurança que estão ali para cuidar da vida de todos naquela região.” O vigia patrimonial urbano usa uniforme e anda desarmado.
Esse tour de force, denominado Projeto Vizinhança Segura, já vem sendo aplicado em várias ruas e, segundo João Alberto, da J A Consultoria de Segurança, Treinamento e Investigação Privada, está sendo uma parceria de sucesso, já que cada empresa usa o conhecimento de sua especialidade. “Essa junção de forças e conhecimento tem gerado um novo conceito de segurança urbana e, consequentemente, um atendimento diferenciado ao cliente. Somos duas empresas idôneas no mercado e com apetite de entregar uma vigilância urbana de alta qualidade.”
Além disso, segundo Britto, o Projeto Vizinhança Segura treina não somente os profissionais da Tel Aviv, mas também os porteiros dos condomínios participantes e os representantes do comércio local. “O objetivo não é somente colocar o segurança na rua, mas inseri-lo no ambiente operacional. Com o passar do tempo, o profissional vai conhecendo os moradores e comerciantes do trecho vigiado, assim, consegue detectar uma pessoa estranha àquele ambiente. Mais ou menos o que ocorre nas pequenas cidades do interior, que possuem índices baixos de criminalidade, pois ali todos se conhecem. Um estranho que esteja esperando o melhor momento para agir é identificado e monitorado imediatamente, não só pela segurança local, mas pelos moradores também.”
O investimento em tecnologia de ponta, treinamento estratégico e inteligência faz parte dos mecanismos utilizados pelas empresas e pelos condomínios para aumentar a sensação de segurança. Para o diretor executivo da J A Consultoria de Segurança, Treinamento e Investigação Privada, a segurança pública no Brasil já não dá conta de atender a toda a demanda. “Da porta para dentro do condomínio, a segurança é responsabilidade do próprio empreendimento. Sendo assim, investimento em equipamentos torna-se peça importante na engrenagem da segurança. Hoje existem câmeras de altíssima qualidade com inteligência embarcada que detecta se um intruso entra com um veículo do morador ou se o visitante manuseia um objeto com formato de arma de fogo. Entretanto, precisamos associar, ao parque de equipamentos, capacitação e procedimentos claros.”
Eduardo Furtado é sócio-proprietário da Rentel. A empresa trabalha com sistemas de interfones digitais, de segurança, automação de portas e portões e controle de acesso veicular e de pedestre. Para Furtado, treinar os porteiros para usar os equipamentos e identificar quem entra e sai do prédio é fundamental. “Muitas vezes, na zona sul do Rio, por exemplo, em prédios menores, as pessoas entram e saem sem serem identificadas. Isso é um perigo. O condomínio precisa ter um banco de dados com os entregadores do bairro cadastrados, um controle dos veículos que entram. É importante que, além dos equipamentos, as pessoas sejam ensinadas a ter atitudes que visem à segurança de todos.”
Outra dica do sócio-proprietário da Rentel é com a manutenção dos sistemas de segurança. Para ele, não adianta instalar e não cuidar. Acaba que os equipamentos estragam ou ficam defasados, e aí é necessário instalar novos itens. “O síndico precisa gerir esse sistema. Por isso, muitas vezes, o aluguel de equipamentos é mais vantajoso. O contrato já inclui a manutenção do sistema e a troca dos itens que apresentarem problema. E é necessário que isso seja feito com uma empresa especializada.”
Muitas empresas são procuradas depois de passarem por situações de violência. A gerente da Arte Fone Ltda., Cláudia Cícero, por exemplo, afirma que já houve um caso de procura após um ato de vandalismo, furto e violência. “A situação mais recente foi no centro de saúde mental que é vizinho de uma creche no bairro da Tijuca, que foi invadido várias vezes no período da noite; depois disso, nós reforçamos a segurança com câmeras e cerca elétrica.”
De acordo com a gerente da Arte Fone Ltda., hoje o que é mais vendido é o sistema de câmera com monitoramento a distância pelos usuários e moradores. “As fechaduras digitais também estão sendo bem divulgadas nesse período. Por dispensarem a chave mecânica em alguns casos, elas proporcionam aos usuários o acionamento da fechadura por meio de uma tag simples e que não é de conhecimento de pessoas mal-intencionadas. A tag dispensa aquela procura infinita pelo molho de chaves dentro da bolsa. A fechadura digital é simples, discreta e funcional.”
Como podemos ver, há um leque de possibilidades de artefatos de segurança para os condomínios. E todas essas opções ainda funcionam melhor quando o poder público é incluído no assunto. Cláudia Cícero, gerente da Arte Fone Ltda., acredita que é necessário que haja uma parceria entre o poder público e privado para combater a violência. “Em um momento de grande crise mundial, é importante, sim, que todos estejam engajados e unidos em uma rede de segurança presente e contínua.” A síndica profissional Ana Carla Duarte participa, mensalmente, das reuniões com o Conselho Comunitário de Segurança e coloca as demandas dos moradores. “É importante sinalizar, tanto para a Polícia Militar quanto para a Prefeitura, os locais que estão sem iluminação, onde tem grandes índices de roubo e furto. Isso ajuda a polícia a se planejar.”
João Alberto Britto também acredita nessa união. Ele é vice-presidente da Associação Empresarial e de Moradores da Grande Tijuca e do Conselho Comunitário de Segurança da Grande Tijuca. “Sem dúvida alguma, a segurança é dever do Estado e responsabilidade de todos, está na Constituição, artigo 144. Existem várias maneiras de participação da sociedade, uma das principais é exatamente a presença nos Conselhos Comunitários de Segurança Regionais, nos quais a sociedade civil organizada pode cobrar ações, mas também propor soluções diretamente ao poder público. Temos que cobrar das autoridades índices aceitáveis de violência urbana compatíveis com a população e os problemas de uma grande cidade, porém também precisamos participar não somente com reclamações, mas com projetos e sugestões de melhoria.”
O diretor executivo da J A Consultoria de Segurança, Treinamento e Investigação Privada acredita que “essa integração entre segurança pública, segurança privada e sociedade civil organizada é a única solução para combater a crescente criminalidade”. Segundo Patrick Polisuk, do Grupo Tel Aviv, “é um caminho natural, e já vem acontecendo a parceria entre o poder público e as empresas de segurança privada. Portanto, é importante que haja cada vez mais interlocução entre as empresas e a polícia. Porém, é essencial que as escolhas passem por empresas corretas e licenciadas, que possuem alvará da Polícia Federal para operar mão de obra de vigilante, além de agregar tecnologia ao recurso humano para trazer mais eficácia e, por consequência, a sensação de segurança aos condomínios”.
Algumas dicas para segurança pessoal urbana
- A pé, ônibus ou metrô – não dê conversa a pessoas estranhas, não acredite em histórias tristes porque, na esmagadora maioria das vezes, trata-se de algum tipo de golpe. Não empreste celular na rua, guarde seus pertences com atenção e não fique usando o celular de forma que não perceba o ambiente a sua volta.
- O motorista de aplicativo ou táxi não é uma pessoa para você contar sua vida pessoal. Não aceite balas, veja a classificação do motorista, repare se o condutor é o mesmo que está na foto do aplicativo, preste muita atenção no caminho e não aceite trafegar por local já conhecido como de risco mesmo que seja mais rápido. Em caso de “sentir” algo estranho na conduta, siga sua intuição e, se for preciso, desça do veículo. Evite pagar a corrida com cartão, mas, se o fizer, fique atento ao valor digitado. Ao efetuar o pagamento em dinheiro, deixe claro o valor da cédula que está sendo entregue ao motorista.
- Quando estacionar, utilize estacionamentos pagos, que emitam nota fiscal. Não deixe as chaves com terceiros e dê uma rápida vistoriada no veículo quando retornar.
- Na chegada ao condomínio a pé tenha a chave ou a tag já na mão para uso; jamais deixe para procurá-la na frente do portão. Não fique conversando com ninguém na rua e, se for chamado por estranhos, não pare para ver o que ele quer. No caso de o condomínio ter porteiro, tenha senha e contrassenha verbal de pânico com ele para situações de perigo.
- Na chegada ao condomínio de veículo, entre o mais rápido possível; se tiver pessoas não conhecidas paradas próximo à entrada da garagem, não pare, dê outra volta e avise algum parente ou o porteiro.
- Invista em portões com rápida abertura e tenha veículos cadastrados.
Fonte: J A Consultoria de Segurança, Treinamento e Investigação Privada.
Serviço
Arte Fone Ltda.
(21) 3071-7704
artefonerj.negocio.site/
Grupo Tel Aviv
(21) 3199-0300/97279-4395
telaviv.com.br/
J A Consultoria de Segurança, Treinamento e Investigação Privada
(21) 99926-5838
www.jaconsultoriaseg.com.br
Rentel
(21) 2547-27282/98228-9854
rentel.com.br/
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