Enquanto a Zona Oeste se recupera lentamente, na Zona Sul o mercado está mais aquecido, especialmente em relação aos imóveis de luxo, segmento que continua imune à crise. O motivo é que além de dinheiro não ser um problema para este tipo de comprador, achar um imóvel no perímetro mais caro do Brasil (entre Lagoa e Leblon) é algo bem raro.
— A Zona Sul é diferente. Como não tem tanto terreno como a Zona Oeste, tem uma demanda maior — explica Cláudio Hermolin, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi RJ).
A despeito do mercado de luxo, a Zona Sul ainda tem 31.883 unidades disponíveis no mercado e registrou uma queda no valor do m2 dos imóveis residenciais, que passou de R$ 15.055 em junho de 2015 para R$ 13.071 em setembro deste ano, de acordo com pesquisa do Secovi Rio, o Sindicado da Habitação do Rio de Janeiro.
Este cenário está começando a tomar outra rota. Nesta balança de estoques e preços mais baixos, novos projetos estão saindo do papel, o que significa que, em breve, o merca do mudará de novo.
O sinal disso é que 2019 teve a maior quantidade de unidades lançadas nos últimos cinco anos, totalizando 10.489. No ano passado foram 8.390 e em 2017.4.514. A maior alta havia sido em 2014, antes da crise, com 14.913, quando vivia-se o boom imobiliária. Ainda segundo o levantamento, a diferença de preços entre orla e interior dos bairros nobres pode chegar a 88%, caso do Leblon. O preço médio do m2 na orla é de R$ 38.998, contra R$ 25.392 nas quadras internas mais disputadas, e R$ 20.750 no bairro todo. Já em Ipanema, a diferença entre o valor do m2 médio na orla, de RS 33.069, e o restante da região (R$ 18.619), chega a 78%.
FONTE: JORNAL O GLOBO
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